Jovem morta em perseguição em Heliópolis queria sair de SP

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Ana Cristina, de 17 anos, ia morar com o namorado, com quem tem uma filha de 1 ano e 8 meses em CarapibuíbaSÃO PAULO – A jovem Ana Cristina Macedo, de 17 anos, morta durante uma perseguição policial na noite da segunda-feira, 31, em Heliópolis, na zona sul de São Paulo, pretendia se mudar para Carapicuíba, na Grande São Paulo, onde mora o namorado. O servente de pedreiro Bruno de Souza Alves, de 20 anos, conta que Ana Cristina já havia arranjado uma vaga em um curso supletivo na cidade onde o casal viveria junto com a filha, de 1 ano e 8 meses. Ela queria se mudar para Carapicuíba até o fim deste ano.
“Agora, eu espero poder trabalhar e criar a minha filha”, disse o jovem durante o velório da namorada, realizado na madrugada desta quarta-feira, 2, na Comunidade Evangélica Jerusalém, em Heliópolis. O jovem falou com Ana Cristina no início da tarde da segunda, quando eles combinaram a ida dela para Carapicuíba neste final de semana prolongado, do feriado de 7 de setembro.
“A lembrança que me vem na cabeça dela é com a minha filha no colo”, diz. Ana Cristina e Bruno namoravam há três anos. Eles se conheceram em Heliópolis, onde Bruno morava antes de se mudar para Carapicuíba.
Quando ele recebeu a notícia de que a namorada havia sido baleada, estava em casa dormindo, pouco antes da meia-noite. “Cheguei no hospital umas 3 horas e ela já estava morta”.
Bruno definiu Ana Cristina como ótima pessoa e mãe, carinhosa e amorosa. Nas horas livres, o casal gostava de frequentar o cinema, shopping e parques. Ele evitou apontar responsáveis pela morte da namorada. “Não posso culpar ninguém”, disse.
Segundo ele, o casal alternava os dias da semana para cuidar da filha. Nos finais de semana, os três costumavam ficar juntos. “Ela (a filha) ainda não sabe de nada. Ela chama pela mãe e ninguém fala nada”, revelou. Muito emocionada, a mãe da adolescente não conversou com a imprensa durante o velório.

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