Homem constrói réplica em vidro do Templo de Salomão edificado por Edir Macedo

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A pedido de um dos investidores da construção do Templo de Salomão, no bairro do Brás, em São Paulo, o artista de Sorocaba (SP), Sérgio da Costa, usou 20 mil pedaços de vidros cortados e um ano de trabalho, para construir uma réplica idêntica ao original que é promovido pela Igreja Universal do Reino de Deus que tem como líder o bispo Edir Macedo.  Segundo o portal G1, o  artista precisou aprimorar a sua técnica de corte de vidro. “Cada obra exige um esforço diferente, mas essa superou todas as minhas obras anteriores”, explica.

templo-de-salomão-réplicaInicialmente, Sérgio precisou fazer um estudo da obra baseado somente nas plantas do templo original. Depois, elaborou o projeto da miniatura em escala 1:200. “Utilizei novas técnicas de corte e colagem de pedacinhos de vidro ainda mais minúsculos do que já utilizo em minhas obras atualmente”. A réplica contém detalhes de 36 colunas redondas representadas cada por tijolinhos de vidro de 4 x 8 x 2 mm, todos empilhados em um prumo perfeito com mais de 300 pedaços do material.

Além disso, as paredes do templo são compostas por tijolinhos de vidro de 10 x 5 x 2 mm, como explica o artista, dispostos exatamente como as pedras de Israel que são utilizadas no Templo de Salomão.
Sérgio construiu as estruturas de suporte do telhado idênticas as utilizadas na obra original. O trabalho resultou em um peça de 50 kg, em que foram utilizados mais de 5 metros quadrados de chapa de vidro. O artista fez tudo sozinho, do corte até a colagem, no decorrer de quase um ano, desde o estudo e o término da peça.
De analista a artista

Sérgio aprendeu a cortar vidro com um amigo, aos 18 anos. Na época, ela fazia como hobbie e só produzia aquários. Mas, diferentemente do que muitos podem imagnar e até do que ele mesmo pensava, na hora de ir para faculdade optou pelos cursos de Análise de Sistemas e Administração. “Eu tinha um emprego fixo, ganhava bem, mas não era bem sucedido. Porque, para mim, ser sucedido é ser feliz fazendo o que faz e eu só sentia essa felicidade quando produzia as minhas obras”, relembra.

Apesar de não ter formação na área, o artista de Sorocaba tem uma percepção espacial pouco comum até mesmo entre os engenheiros. A ténica de corte de vidro e montagem das peças foi adquirida por causa da paixão ao decorrer dos anos e, para desafiar ele mesmo, direcionou os trabalhos a réplicas em miniatura somente de templos religiosos. “A arquitetura dessas edificações é impressionantes e copiá-las não é uma tarefa fácil. A cada nova obra eu fui criando novos instrumentos de trabalho e novas técnicas.”

A partir daí que surgiu a ideia, há 15 anos, de largar tudo e viver só de arte. “Teve momentos que eu pensei em desistir, afinal ganhava mais antes, com um emprego fixo, nas áreas que me formei. Mas a partir do momento que eu consegui me credenciar na Feira de Embu das Artes de São Paulo, consegui expor as minhas peças e divulgar o meu trabalho no cenário nacional e internacional, conquistei uma renda mensal suficiente para me manter e hoje faço o que amo.”

Entre os projetos já executados por Sérgio, estão a Basílica de Aparecida (Vale do Paraíba), o Palácio dos Cedros (São Paulo), o Mosteiro de São Bento (São Paulo), a Catedral Cantebury (Inglaterra), a Basílica de Fátima (Portugal), o Templo de Salt Lake City (EUA), a Ulm Munster (Alemanha), entre outros. Ao todo, o artista de Sorocaba já produziu 2.189 peças, de 60 projetos diferentes, para mais de dez países.

Portal Padom

Com informações do G1

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