Arthur Lira Comenta Operação da PF que Investiga Bolsonaro e Aliados

“Isso é com a Polícia Federal e com a Justiça”, disse Arthur Lira

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arthur lira e lula se abraçam
Arthur Lira Comenta Operação da PF que Investiga Bolsonaro e Aliados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez comentários no domingo, 11 de fevereiro, sobre a Operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal (PF), que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. A operação investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Na ocasião, Lira estava no Rio de Janeiro, participando do desfile da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, que apresentou o samba-enredo “Um Delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila”.

Quando questionado pela revista Veja sobre a operação, Lira respondeu: “Isso é com a Polícia Federal e com a Justiça”. Ele continuou: “Vamos deixar que elas corram dentro da normalidade jurídica. Não tem nenhuma postura que o Congresso possa fazer após ações da PF. Tem as ações políticas e jurídicas do Congresso, leis votadas para arrumar as situações. Acho que nesse momento a polarização no Brasil faz muito mal, seja de qualquer lado.”

Lira também destacou que “a principal fonte da democracia são os partidos políticos”. Ele continuou: “Eles não podem ser maculados. A gente espera que como em outras investigações, do PT e de outros partidos políticos, não foram, o PL agora não tem que responder por atos individuais. A democracia requer partidos fortes.”

Lira estava se referindo a uma parte da investigação da PF, que indicou o uso da estrutura do PL, liderado por Valdemar Costa Neto, para a elaboração de um “rascunho de decreto”, que previa um golpe de Estado. Segundo as investigações, há indícios de envolvimento do PL, por meio de Valdemar, no “esquema” investigado pela PF.

Após a notícia sobre o possível envolvimento do PL, o senador petista Humberto Costa (PE) disse que estava enviando uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo uma investigação sobre a “participação do PL em tentativa de golpe e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.

“Se comprovada a atuação, vou requerer a cassação do registro do partido por envolvimento em atividade criminosa”, disse o senador.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, também foi alvo de busca e apreensão pela PF e ficou preso até a noite de sábado, 10 de fevereiro, na Superintendência da corporação em Brasília, por posse ilegal de arma de fogo e por ter uma pepita de ouro.

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