“Todos, todas e todes”: Linguagem Neutra na Posse de Ministros do PT

Partido dos Trabalhadores defende linguagem sem fundamento científico

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lula e seus ministros
lula e seus ministros

Durante a posse de seis ministros escolhidos pelo presidente Lula, cerimonialistas utilizaram a linguagem neutra ao saudar o público. Os ministros que usaram a linguagem neutra foram: Fernando Haddad, ministro da Fazenda; Márcio Macêdo, Secretário-Geral de Governo; Margareth Menezes, ministra da Cultura; Cida Gonçalves, ministra da Mulher; Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais; e Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e Cidadania.

O Partido dos Trabalhadores é um defensor da linguagem neutra, apesar de não haver fundamento científico ou uso coloquial comprovado para essa linguagem. Em 2021, o PT pediu ao Supremo Tribunal Federal para impedir um decreto do governo de Santa Catarina que proíbe o uso da linguagem neutra em instituições de ensino públicas e privadas e em bancas examinadoras de concursos públicos do estado.

A linguagem neutra, defendida por ativistas LGBT e criticada por especialistas, propõe a eliminação de terminações que indiquem gênero feminino ou masculino nas palavras, por considerá-las “sexistas” ou “discriminatórias”. Em vez de usar “professor” ou “professora”, por exemplo, defendem o uso de “professore” ou “professor@” ou “professorx”, “Todos, todas e todes”. No entanto, a imposição da linguagem neutra por esses grupos apresenta vários riscos. O primeiro é o comprometimento da língua portuguesa, que, assim como outras línguas de origem latina, possui flexão de gênero. O segundo é a tentativa de “apagar” os gêneros da sociedade e impor uma agenda identitária e ideológica.

Além disso, a linguagem neutra também pode ser confusa e prejudicial para pessoas com deficiência auditiva ou fala, que dependem de sinais de gênero para compreender corretamente a fala dos outros. Também pode ser difícil para os falantes de línguas estrangeiras aprenderem e usarem essa linguagem, pois ela não é comumente utilizada em nenhuma outra língua.

Em resumo, embora a intenção de promover a igualdade de gênero possa ser louvável, a linguagem neutra é uma solução questionável e ineficaz. Ao invés de mudar a língua, é importante enfocar esforços em mudanças mais profundas e duradouras na sociedade para promover a igualdade de gênero e combater a discriminação.

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