Allan K. A. da Silva, de 23 anos, conhecido por “Dorme Sujo”, foi morto com quatro tiros após sair de uma festa que estava acontecendo em um bar, próximo à Estação Marex, no bairro de Val-de-Cans, em Belém. Segundo informações de testemunhas, o assassinato foi cometido pelo segurança que trabalhava no bar “Parada Obrigatória”, onde aconteceu uma briga e no qual ninguém soube explicar o que motivou a desordem.Depois que a briga acabou, Allan estava com amigos na Praça do Marex, quando o suposto segurança chegou e efetuou um disparo que atingiu a perna da vítima. Para tentar escapar, Allan ainda correu do assassino, mas como estava bastante ferido caiu em frente a uma igreja evangélica. Ao ver Allan caído no chão, o atirador correu para cima da vítima e efetuou mais três disparos, sendo dois na cabeça e outro na barriga, causando-lhe morte instantânea. A frieza do assassino foi assistida por várias pessoas que estavam próximas ao local do crime.
BRIGA
A ex-companheira de Allan, conhecida por Sâmia, recebeu a notícia da morte do companheiro e se desesperou ao ver o corpo estendido no chão, em meio a uma poça de sangue. “Meu Deus! Eu avisei a ele para não vir para cá”, dizia repetidamente Sâmia, que estava bastante desesperada.
A irmã de “Dorme sujo” não gostou da presença da Sâmia no local e passou a insultá-la dizendo que a culpa da morte de Allan era dela. “Ele morreu por tua culpa, sua vagabunda”, gritava a irmã da vítima. Sem suportar as ofensas, Sâmia partiu para cima da irmã de Allan aplicando um soco em seu rosto, o que provocou uma pequena confusão ao lado do corpo.
“Me respeita. Tu sabes que eu sempre lutei para tirar ele dessa vida”, enfatizava Sâmia.
Com a chegada de uma guarnição da PM, lotada na 1ª ZPol da Sacramenta, o cabo Joaquim reconheceu Allan, vulgo “Dorme Sujo”, como sendo autor de vários homicídios registrados na Sacramenta. “Eu já havia prendido ele há pouco tempo”, conta o cabo Joaquim. A ex-companheira de Allan confirmou que ele estava fora da cadeia há poucos dias e por esse motivo tinha ido dar “um tempo” em um município do interior do Pará.
REVELAÇÃO
Para a nossa equipe, Sâmia contou que havia mantido contato com a vítima dias antes do Círio. Ao telefone, Allan contava que havia acabado de sair de um culto evangélico e que um pastor da igreja disse a ele para não ir mais para Belém, pois seria morto no meio de uma confusão.
Sâmia ficou bastante assustada com a revelação e pediu para que Allan não viesse mais para Belém. Porém, Allan não deu ouvidos ao que o pastor disse.
“Ele (Allan) me ligou e disse que estava no 40 Horas. Então falei que era para ele ir embora, mas ele ficava dizendo que queria me ver. Agora está morto”, finaliza Sâmia.
Diário do Pará/Padom
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