Johannesburgo – A perspectiva da ascensão de Jacob Zuma à Presidência da África do Sul acendeu um debate acalorado sobre a poligamia, uma tradição tribal, num país em que grande parte da população almeja ser aceita como parte do mundo ocidentalizado.
“Quem será a primeira-dama?”, diverte-se a imprensa local, tentando adivinhar qual das três mulheres (declaradas) receberá a honraria: a discreta Sizake Khumalo, idade desconhecida, com quem é casado há 50 anos, a evangélica Nompu Mantuli, 34, (a aparente favorita) ou a mais recente, Thobeka Mabhija, 35. Especula-se que Zuma, 67, tenha até seis mulheres e ao menos 18 filhos. A informação é da Folha Online.
O futuro presidente -que terá a eleição indireta confirmada após a posse do novo Congresso, eleito anteontem- é um zulu que faz uso extensivo das raízes em seu marketing de “homem do povo”.
Pagou por isso: igrejas e partidos cristãos foram críticos de sua vida amorosa durante a campanha, ao que Zuma deu de ombros: “Muitos políticos escondem suas amantes. Eu amo todas as minhas mulheres”.
A poligamia é um costume arraigado na zona rural. Depois da distribuição de renda, nada ilustra melhor o golfo entre as duas metades do país: uma mirando a Europa e os EUA, outra fiel às tradições africanas.
Fonte: África 21
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