‘É um agravante’, diz delegada sobre ‘Irmã Zuleide’ continuar usando fotos

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nova irma zuleideO DJ Álvaro Oliveira Rodrigues pode ter problemas ainda mais sérios com a Justiça, segundo a delegada que investiga o uso indevido da imagem de uma professora de Campinas pelo perfil ‘Irmã Zuleide’. Nos últimos dias, ‘Irmã Zuleide’ mudou de rosto duas vezes. Em ambas, utilizou fotos de pessoas reais para ilustrar o perfil que satiriza os evangélicos em várias redes sociais.

Entre as fotos, estão a de uma mulher americana e outra nepalesa. Segundo a delegada do 1º DP de Santos, no litoral de São Paulo, Edna Pacheco Fernandez Garcia, que acompanha o caso, a manobra utilizada por Álvaro é um agravante. “As pessoas que estão sendo vítimas da ‘Irmã Zuleide’ devem se apresentar na delegacia mais próxima para registrar uma queixa. O fato de ele usar fotos de outras pessoas, mesmo após ter sido detido, é, sem dúvida alguma, um agravante”, disse.

A delegada ainda aguarda pelo depoimento da professora de Campinas. Ela deveria ter comparecido na delegacia na última semana, mas alegou problemas psicológicos e se ausentou. “A professora de Campinas continua passando por tratamento psicológico e não deve vir depor antes do Carnaval. De qualquer forma, ela vai ter que prestar depoimento, nem que a gente precise dar uma carta precatória para isso. Continuamos investigando a situação mas, antes de qualquer coisa, precisamos ouvir a vítima”, concluiu.

O caso
A página “Irmã Zuleide” no Facebook, que utiliza um tom cômico para tratar assuntos do cotidiano, ganhou destaque há quase dois anos, e já acumula mais de 2,1 milhões de seguidores. A polícia começou a investigar o DJ porque a foto utilizada no perfil é, na verdade, de uma professora de Campinas, que afirma ter sofrido transtornos com a exposição e acionou a polícia para remover o conteúdo da internet.

Quando informada que o dono da página faria um show em uma casa noturna do Centro de Santos, a professora seguiu, com seu advogado, para a Baixada Santista e procurou o 1º Distrito Policial da Cidade. Segundo a polícia, Rodrigues não estava caracterizado como “Irmã Zuleide” quando identificado pelos policiais e detido.

O DJ, natural do Rio Grande do Norte, admitiu ser o autor do personagem. Em depoimento, ele disse que a intenção da página era satirizar uma igreja evangélica, e que a foto da professora foi achada em uma pesquisa aleatória feita por um buscador. Ele foi liberado em seguida.

G1 / Portal Padom

 

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