Criador diz que “seita da cabeça na geladeira” surgiu como projeto artístico

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020542143-fmmp00O homem que fez centenas de internautas de todo o mundo colocarem a cabeça na geladeira – e se deixarem fotografar nesta pose incomum – sabe que muita gente entrou na moda sem saber ao certo a origem da ideia. E não ter o reconhecimento por seu projeto artístico faz parte da brincadeira, acredita o americano David Horvitz, inventor da brincadeira que une imagens curiosas à sequência de algarismos 241543903.
Horvitz criou uma espécie de “seita virtual” ao publicar, no dia 9 de abril, sua primeira foto no Flickr. No dia seguinte, ele divulgou o “manifesto” em seu blog: “tire uma foto de sua cabeça dentro do freezer. Publique a foto na internet. Marque o arquivo com o número 24154903. A ideia é que se você procurar por essa etiqueta críptica, todas as fotos de cabeças no freezer vão aparecer. Eu acabei de publicar uma”.
“Quando comecei, era uma prática artística, mas entendo que isso chegou a um ponto em que as pessoas estão simplesmente tirando as fotos e publicando, sem saber de minha proposta original”, conta Horvitz, em entrevista ao G1. “Isso gera uma questão interessante: e agora, é arte ou não? Tenho ou não o controle artístico sobre o que está acontecendo?”
A ideia surgiu, explica o artista, quando ele sugeriu que uma amiga que não estava se sentindo bem colocasse a cabeça no freezer. À sugestão insólita seguiu o plano de criar uma série de imagens semelhantes, organizadas na rede por uma etiqueta (ou tags, na linguagem da internet) aleatória.
“Não queria que fosse algo como ‘cabeça dentro da geladeira’, seria muito óbvio. Pensei em criar algo mais intrigante, como se fosse um código secreto para ter acesso às imagens”, conta.
OK, mas e a origem da sequência 241543903? Horvitz resolve acabar com o mistério: “Quando abri o freezer, notei esses algarismos escritos em relevo, no fundo. Eu acho que é o número de série da geladeira”, revela. Hoje, quem procura no Google pelo “código secreto” encontra milhares de referências em redes sociais como Twitter e Facebook, além das imagens em serviços como o Flickr.
Não é a primeira vez que Horvitz utiliza a internet para propagar modas curiosas. Em 2008, ele conseguiu financiar uma viagem ao redor do mundo apenas propondo que internautas pagassem para ele tirar fotos personalizadas. No ano anterior, ele blogou um dia viajando por todas as linhas do metrô de Nova York.

Fonte: G1
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