O olhar que faz a diferença!

Assim como o amor é uma escolha ou uma decisão, a forma como olhamos para as pessoas ao nosso redor e para determinadas adversidades também é.

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Mateus 6:22-23 – A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz;
 Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!

Assim como o amor é uma escolha ou uma decisão, a forma como olhamos para as pessoas ao nosso redor e para determinadas adversidades também é.

O ser humano é muito crítico e possui um sentindo de urgência na solução de problemas muito grande. E com isso acaba por olhar apenas para aquilo que o incomoda, que o desagrada e enxerga somente os defeitos das pessoas e os prejuízos que determinadas situações podem causar, em detrimento das qualidades e das lições que pode aprender com cada uma delas.

Amados irmãos, entendo que se quisermos criar relacionamentos saudáveis e vivermos uma vida com a Paz de Cristo em nossa alma em meio às dificuldades da vida, devemos fazer continuamente o exercício de olhar mais para as qualidades das pessoas, para o que elas têm de bom, para o seu potencial, olhar mais atentamente para o seu caráter, para a sua essência do que para os seus defeitos e olhar para cada adversidade como um instrumento de crescimento tanto natural quanto espiritual e creio que assim teremos os corações dessas mesmas pessoas quebrantados a ponto de receber de nossa parte, tanto um aconselhamento, um direcionamento, como uma exortação em amor, e em relação a nós estaremos mais fortes do que nunca.

O que falta muitas vezes em nós é olhar como Cristo um dia se olhou e nos olhou na cruz do calvário e continua nos olhando até os dias de hoje e que está descrito no Salmo 136.1 – Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre.

Não estou dizendo com isso que devemos ser coniventes com os erros. Até mesmo porque misericórdia não tem nada a ver com conivência, não tem nada a ver com “passar a mão sobre cabeça”, mas sim, com compreensão. Devemos estar prontos a usar de misericórdia com o nosso semelhante, ou seja, compreendermos que todos nós estamos sujeitos a errar. Por isso eu entendo o que Jesus quis dizer quando citou em Mc. 12:31: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo…”  Porque quando nós compreendemos o nosso próximo, nós acabamos compreendendo a nós mesmos, porque alguns dos erros que o nosso semelhante comete, são os mesmos que nós cometemos e quando nós o compreendemos acabamos nos enxergando no outro e nos tornamos misericordiosos.

As consequências dos erros e as dificuldades da vida fazem parte da nossa história e devemos estar prontos a assumir nossa responsabilidade e como diz um ditado popular: “Aguentar o tranco…” Mas devemos olhar para cada situação como uma forma de crescer, de aprender lições que serão valiosas para nossa vida.

A Bíblia diz que aquilo que o homem plantar, isso também colherá. Portanto, se você quer que algum dia usem de misericórdia contigo, use você também de misericórdia com alguém que te feriu, que te magoou, que te decepcionou, que errou com você. Tente compreender que você também está sujeito a cometer os mesmos erros e que necessitará dessa misericórdia.

Lembre-se que toda semente ela frutifica e a sua semente de misericórdia na vida de alguém certamente frutificará na vida dessa pessoa de tal forma que causará uma transformação no comportamento dessa pessoa, que a fará pensar que ela pode melhorar a cada dia e ser melhor hoje do que foi ontem, e melhor amanhã do que foi hoje. A fará sentir o amor de Deus pela vida dela e certamente você será esse agente do Reino de Deus para fazer a diferença.

Sua semente de misericórdia não frutificará somente na vida de quem você plantou, mas também frutificará na sua vida porque em Gálatas 6:7b diz: Porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.

E lembre-se: Se os teus olhos forem bons a sua vida terá luz, mas se eles forem maus só haverá trevas em ti.

Já pensou se Cristo não tivesse nos olhado com olhos de misericórdia?

Já pensou se Cristo tivesse desistido de entregar sua vida naquela cruz?

O que seria de nós?

Pense nisso!

Nele, por Ele, para Ele.

Pr. André Lepre

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