“Ninguém cai em pecado”, afirma Pr. Márcio Valadão em café de pastores na AD Bom Retiro

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marcio-valadaoNesta quarta-feira, dia 10 de junho, o Conselho de Pastores e Ministros Evangélicos do Estado de São Paulo – CPESP trouxe à Assembléia de Deus Bom Retiro, em São Paulo (SP), além de um café da manhã, a ministração do Pr. Márcio Valadão. O pastor preside há mais de 40 anos a Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG). “A igreja não é uma soma de placas […] Não somos nós quem determinamos quem serão nossos irmãos, mas o Senhor”, afirmou Valadão. A Palavra[bb] abordou a importância do cristão estabelecer um relacionamento íntimo com Deus para que sua vida seja santificada. Para o pastor, quando se está ligado a Deus, procura-se não pecar para não feri-lo. “Ninguém ‘cai’ em pecado”, completou.
Antes da ministração, o 1º Comandante da Guarda Civil Metropolitana, Joel Malta de Sá, fez um apelo à igreja: “Nós somos a maior guarda municipal da América Latina […] Eu quero pedir oração para que Deus nos dê força”.

Também antecedendo a pregação, o pastor Benedito de Oliveira, assessor da SBB, apresentou a autobiografia de Luiz Schiliró, missionário que percorreu mais de 56 nações no mundo e participava na manhã de hoje do encontro na AD Bom Retiro. Márcio Valadão orou por Schiriló e comentou: “Existem aqueles que começam muito bem e terminam bem. Existem aqueles que começam mal e terminam bem. Mas existem aqueles que começam e terminam bem”. Jabes de Alencar, líder do CPESP e presidente da Assembléia de Deus – Ministério Bom Retiro, lembrou da passagem bíblica na qual Elias coloca sobre Eliseu sua capa, compartilhando a unção que Deus havia lhe dado. Jabes pediu então a Schiriló que estendesse a eles, Jabes e Márcio, as mãos, assim como Elias.

A importância de ser íntimo de Deus

“A nossa fé é uma religião apenas por estatística”. Márcio Valadão fez esta afirmação para demonstrar aos líderes presentes o que Deus espera dos cristãos. “A Igreja de Jesus não tem adeptos, tem que passar por uma experiência radical, que é o novo nascimento”, completou o pastor.

Valadão falou sobre a importância do cristão relacionar-se com Deus. Durante a ministração, reiterou: “Intimidade leva à santidade. Santidade leva à autoridade. Autoridade leva à conquista”. Segundo o líder, esse é o modo de não transformar a vida ministerial em um fardo. “No ministério, achamos que Deus está interessado em nosso serviço, nossa performance. Deus está interessado na nossa intimidade com Ele”, apontou o líder. Ele citou o exemplo dos sacerdotes no Velho Testamento, que usavam vestes de linho não pela beleza da roupa, mas porque o tecido não os faria suar, e completou: “Nosso ministério não é para ser feito com suór”. Segundo o pastor, agindo dessa forma, o ministério passa a ser uma alegria para Deus e um “deleite” para os cristãos.

Para representar a afirmação progressiva que fez a respeito de santidade, citou o personagem bíblico José, do Egito: “Deus o escolheu. Entre ele e seu Pai havia uma intimidade. Não era porque ele era mais bonito, o DNA era o mesmo de seus irmãos”.

“Intimidade leva à santidade”

O líder explicou que a santidade é conseqüência da intimidade. “Nós passamos a não pecar porque iremos ferir o coração daquele que mais nos ama […] Ninguém cai em pecado […] A santidade sem intimidade é obra da carne”, afirmou Valadão.

Santidade e intimidade podem ser vistas também, segundo o líder da Igreja Batista da Lagoinha, no Sermão do Monte: “Aquilo era a vida dele (Jesus). A vida, o testemunho, é isso que importa”. Valadão contou que muitas vezes é questionado sobre como conseguiu formar uma família bonita e abençoada. Pai de Ana Paula, André e Mariana Valadão, ele costuma responder que não fez isso, mas afirma: “O que eu sei é que eles nunca viram uma pessoa diferente da que está púlpito”.”Enquanto formos cordeiros, a pomba pousará, assim como Jesus quando foi batizado. A pomba nunca vai pousar sobre um pittbull, um jumento”, completou.

“Somos imortais até que o projeto de Deus cumpra-se em nossas vidas”

José (Bíblia) recebeu autoridade ao tornar-se governador do Egito. Essa autoridade, segundo Valadão, é fruto de uma vida de intimidade com Deus e de santidade. O pastor Jonas Neves, líder da Igreja Batista do Povo (SP) e amigo de Márcio Valadão, também participou do café. Jonas Neves foi seminarista em Belo Horizonte (MG), ao lado de Márcio Valadão e pastoreou com ele por 15 anos a Igreja Batista da Lagoinha. Para ele, a intimidade deve ser um dos principais atributos de um líder: “Se o ministro passa a mensagem de Deus, quanto mais íntimo, mais sólida a mensagem”. Ele entende que em alguns casos Deus permite que um líder exerça autoridade sem necessariamente ser íntimo de Deus ou santo aos olhos do Senhor. “O povo também dá autoridade, a mensagem também dá autoridade. E às vezes, por trás de uma boa mensagem e de um povo de coração aberto, podemos encontrar uma pessoa cujo coração não é tão ligado a Deus. Mas é uma autoridade que pode cair de repente. A permanente, a autoridade que permanece, é aquele que vem como resultado da intimidade”, apontou.

O Pr. Márcio Valadão falou a respeito da vontade de José, declarada por ele antes de sua morte, de não ser enterrado no Egito – Hb 11 22 “Pela fé José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos”. Foi Moisés quem cumpriu anos depois a vontade de José – Ex 13:19 “E Moisés levou consigo os ossos de José, porquanto havia este solenemente ajuramentado os filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará; fazei, pois, subir daqui os meus ossos convosco”. Valadão completou: “Nós somos imortais até que o projeto de Deus cumpra-se em nossas vidas”.

Assim, o preletor fez uma associação à passagem de Mateus 27:50-53: “50 E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. 51 E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; 52 E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; 53 E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos”. “Eu não posso dizer que um desses santos era José. Mas não posso deixar de dizer que ele estava enterrado lá. José sonhava […] Não enterre as promessas de Deus na sua vida”, finalizou o preletor.

A manhã terminou com uma grande oração, o líder pediu a todos que orassem de mãos dadas e na seqüência, em duplas. Ao final, o pastor Jabes de Alencar confessou: “Eu estou com a bateria carregada”.

Guia-me/padom.com

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