O multimilionário russo Vasily Boiko-Veliky encontrou uma forma, digamos, ortodoxa de fazer valer suas crenças religiosas dentro de seu império empresarial: ele determinou que funcionários que vivem em concubinato não podem mais trabalhar para ele. “Um homem santo vive de acordo com as leis de Deus, e as pessoas que seguem as leis religiosas são os melhores empregados”, disse Boiko-Veliky, um anticomunista convicto, ao Moscou Times.
Ele deu dois meses para que os funcionários “que vivem em pecado” se casem na Igreja Ortodoxa – do contrário, o cargo que eles ocupam será extinto, de modo que Boiko-Veliky não poderá ser acusado de demitir por razões religiosas. Além disso, ele prometeu demitir funcionárias que tenham feito aborto.
Boiko-Veliky, porém, não apresenta a mesma firmeza de princípios quando se trata de negócios – ele é alvo de diversos processos por conta de acusações de manobras no mercado financeiro e favorecimento em privatizações.
A cruzada de Boiko-Veliky é alvo de duras críticas. Lyudmila Kuzenkova, de uma empresa de recrutamento e seleção professional, resumiu: “Um casamento não é parte da relação com o empregador”.
por Marcos Guterman
Estadão / Portal Padom
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