Na manhã desta ultima segunda-feira, o missionário coreano Kenneth Bae, que tem cidadania americana, foi autorizada pelo governo da Coreia do Norte a dar uma rápida entrevista aos jornalistas. Vestido com um boné cinza e uniforme da prisão com o numero 103 em seu peito, o missionário fez um apelo aos governos coreano e americano para que negociem a sua libertação.
Kenneth Bae, está preso na Coreia do Norte desde novembro de 2012, sob acusação de tentar derrubar o regime norte coreano, ele foi condenado a 15 anos de trabalho forçado, em seu depoimento ele disse: “Eu acredito que o meu caso pode ser resolvido por um estreita cooperação e acordo entre o governo americano e o governo deste país (Coreia do Norte onde está preso).
O religioso que hoje está com 45 anos, sofre com problemas de saúde e foi transferido para o hospital no último verão. Muitos acreditam que Bae, foi preso por causa da perseguição religiosa, pois como cristão ele tem levados a muitos coreanos a se converterem a fé cristã.
Escoltado por dois soldados norte-coreanos, Bae disse que ele não foi detido sem motivos e ‘admitiu’ que ele cometeu um “grave crime” contra a Coreia do Norte e negou que seus direitos foram violados pelo regime de Kim Jong-un. Pelo contrário o regime lhe teria oferecido ajuda humanitária, segundo informou o jornal Xinhua.
“Graças ao tratamento humanitário da RPDC (República Popular Democrática da Coreia), eu pude manter contato com minha família através de telefonemas e e-mails, com a ajuda da embaixada sueca“, disse Bae à impressa. A embaixada sueca representa os interesses dos EUA na RPDC.
“Eu gostaria de pedir ao governo americano, à imprensa e à minha família para pararem de piorar minha situação fazendo rumores vis contra a Coreia do Norte e divulgando materiais relacionados a mim que não são baseados em fatos”, disse Bae, diante das câmeras, ladeado pelos guardas.
O missionário cristão implorou por misericórdia dizendo: “Eu quero ser perdoado pelo Norte o mais rápido possível e voltar para minha amada família. Para isso, peço ao governo dos Estados Unidos, à imprensa e à minha família a fazerem esforços mais ativos e prestarem mais atenção”.
Em Washington, funcionários do governo disseram que os EUA se propuseram a enviar um representante especial à Coreia do Norte, Robert King, para obter a libertação de Bae. “Esperamos que esta decisão das autoridades de permitir que Kenneth Bae se encontrasse com jornalistas sinalize sua disposição para libertá-lo”, disse o funcionário sob condição de anonimato.
No entanto, é praticamente impossível verificar em que condições a entrevista foi autorizada, se a pedido dele, ou para mostrar que ele não tinha sido maltratado durante sua detenção.
Muitos não descartam a hipótese de que o religioso tenha sido forçado a dar tais declarações, pois a ditadura norte-coreana tem um histórico de exigir falsas confissões, ressaltou a rede CNN, lembrando que o veterano da Guerra da Coreia Merrill Newman, libertado em dezembro, disse ter sido obrigado a fazer uma falsa confissão. “Qualquer um que lesse o texto ou visse o vídeo em que eu leio a confissão saberia que as palavras não eram minhas e que não foram divulgadas voluntariamente”.
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Em sua opinião, o missionário cristão foi forçado a dar tal entrevista e mentir? Ou ele estaria falando a mais pura verdade? Deixe o seu comentário abaixo.
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