Jogador se torna pastor da Assembleia de Deus nos Emirados Árabes

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ricardo-oliveira-jogador-pastorRicardo Oliveira tem um grande currículo no futebol mundial. Depois de passar por grandes clubes brasileiros, como o São Paulo, o atacante foi goleador na Espanha, jogou no Milan, mas foi nos Emirados Árabes que virou ‘rei’. O atacante acumula quase 100 gols pelo Al-Jazira, sendo eleito o melhor jogador do país nas duas últimas temporadas com status de ídolo. Com a boa fase, chove propostas para o jogador voltar o Brasil, todas recusadas. Afinal, ele pretende seguir seu contrato de mais dois anos e planeja encerrar a carreira no atual clube.

Mas não é só em campo que Ricardo quer fazer história, mas também na religião. Em Abu-Dhabi, o atacante montou um pequeno grupo de evangélicos e foi consagrado pastor pela Igreja Assembleia de Deus do Brasil. Nos Emirados, reúne cerca de 100 pessoas semanalmente. Por conta da rotina agitada do futebol, as reuniões ocorrem quase sempre aos sábados pela manhã.

“Ser pastor não é uma profissão, é um chamado de Deus. Você aceita e se dedica. Eu me converti em meados de 1999. E em 2008, fui consagrado pastor pela Assembleia de Deus. Vim para cá, passaram-se alguns anos e eu via a necessidade de uma igreja brasileira aqui. Comuniquei ao meu pastor no Brasil, ele me abençoou e eu comecei. Os cultos começaram no hotel, mas o grupo cresceu e conseguimos uma área para fazer os cultos”, afirmou o jogador ao UOL Esporte.

Apesar de ter 33 anos, a grande fase faz com que Ricardo Oliveira não pense em aposentadoria tão cedo. Ao contrário disso, ele pretende cumprir os dois anos de contrato que faltam e ainda pensa em renovar mais uma vez, encerrando a sua carreira por lá. Quando isso acontecer, o atacante já deixou claro que nem assim volta ao Brasil. Em conversas com os dirigentes do Al-Jazira, o goleador já demonstrou interesse em virar dirigente e ajudar a impulsionar o futebol no país.

“Não faz parte do meu projeto familiar retornar ao Brasil agora e nem no término do meu contrato. O mundo árabe está crescendo. Ainda falta muito, mas cresce bastante. Os clubes trazem bons profissionais para cá, bons exemplos, jogadores experientes. Eles querem disputar uma Copa do Mundo. E eu, com a minha experiência, com o respeito que tenho aqui, posso contribuir muito com o clube. Eles têm esse projeto para mim, conversamos já, mas continuo com vontade de ganhar. Quando chegar o momento vamos saber o que fazer”, disse.

Enquanto a aposentadoria ainda está longe, Ricardo segue focado em campo. Só neste ano, o atacante participou de 29 jogos, marcou 23 gols e deu 11 assistências até o momento. Na temporada 2013/2014, são 5 jogos, com três gols e duas assistências. Esses números contribuem cada vez mais para a idolatria dos torcedores.

“Eu estou muito bem estabilizado aqui. Desde 2010, eu tenho recebido muitas propostas para sair, muitas do Brasil, do Qatar, da Espanha, e rejeitei todas. Fui agradecido pela lembrança, mas eu, minha família, minha esposa, meus filhos estamos muito bem. Criei vínculo aqui, uma identidade com o clube, é meu quinto ano aqui e estou fazendo história. É um momento especial na minha carreira. Quando vim para cá, não vim pensando em ganhar dinheiro e ir embora. Usei meu talento para ajudar o time a crescer. Quebrei o recorde na Liga dos Campeões Asiática (era de oito gols, e o brasileiro fez 12). Conquistei o carinho com muito trabalho”, afirmou.

Yahoo / Portal Padom

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