Ex-atriz pornô afirma que era escrava da indústria pornogrâfica, e que era tomada pelo demônio

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Ex-atriz pornô afirma que era escrava da indústria pornogrâfica, e que era tomada pelo demônio.
VEJAM ABAIXO UMA REPORTAGEM PUBLICADA NO ESTADÃO NO DIA 23/04/2002

Morre Linda Lovelace, rainha do pornô
A atriz que estrelou em 1972 um dos mais célebres filmes pornô de todos os tempos, Garganta Profunda, morreu em consequência dos ferimentos em um acidente de carro
A ex-atriz pornô Linda Lovelace, de 53 anos, morreu nesta segunda-feira, em Denver, nos EUA, depois de 20 dias internada, em consequência dos inúmeros ferimentos causados pelo choque de seu carro contra um poste. Linda Boreman, seu nome verdadeiro, estrelou em 1972 o filme Garganta Profunda, um dos mais célebres filmes pornôs de todos os tempos. O ex-marido de Linda, Larry Marchiano, disse que os dois filhos da atriz estavam no hospital quando ela morreu. Após ter deixado o mundo pornô, Linda Lovelace tornou-se uma porta-voz contra a pornografia e chegou a declarar que quando atuou no filme estava tomada pelo demônio.

O fato é que Garganta Profunda passou a fazer parte da cultura popular norte-americana marcada pela revolução sexual dos anos 70. O título do filme em inglês Deep Throat (Garganta Profunda), que se refere a um ato sexual, tornou-se uma expressão corriqueira da língua inglesa.

Tanto, que foi usada em outro fenômeno ocorrido nos anos 70, o escândalo político Watergate. Nos artigos dos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein publicados no Washington Post, “deep throat” foi justamente o termo usado por eles para denominar a fonte secreta que lhes forneceu as informações que sacudiram a Casa Branca, levando à queda do presidente Richard Nixon.

Toda essa popularidade rodeou a atriz que tinha apenas 21 anos e até então só havia atuado em vários filmes pornográficos de curta-metragem. Depois, tentou trabalhar em filmes mais suaves, como Garganta Profunda II e Linda Lovelace Presidenta, estrondosos fracassos de bilheteria.

Linda Lovelace só recuperou um pouco da antiga fama nos anos 80, quando lançou a autobiografia Ordeal (Suplício), na qual afirmava ter sido prisioneira da indústria pornô e obrigada a realizar atos obcenos. Disse ainda que seu primeiro marido, Chuck Traynor, era um sádico que abusava e batia nela, além de tê-la obrigado a se prostituir, ameaçando-a com um revólver, para que atuasse em filmes pornográficos. Segundo Linda, ele ficou com os US$ 1.250 que ela recebeu por Garganta Profunda, um filme que rendeu US$ 600 milhões. Eles se divorciaram em 1973.

O livro foi um sucesso de vendas e Linda tornou-se novamente foco de outro fenômeno que eclodia à época: o movimento feminista. A atriz chegou a testemunhar contra a indústria diante de uma comissão presidencial que estudava os efeitos da pornografia.

Seu primeiro marido negou as acusações contra ele e posteriormente casou-se e dirigiu a carreira de outra estrela do gênero, Marilyn Chambers.

Linda mudou-se para Denver em 1990, onde criou seus dois filhos e viveu com o segundo marido Larry Marchiano, até o divórcio em 1996. Ela nasceu no bairro do Bronx, em Nova York, em 10 de janeiro de 1949.

Do Padom: “Linda Lovelace tornou-se uma porta-voz contra a pornografia e chegou a declarar que quando atuou no filme estava tomada pelo demônio. TANTAS PESSOAS APRISIONADAS ESCRAVAS.. JESUS VEIO PARA LIBERTAR E TRANSFORMAR ESSAS VIDAS TBM..”

Estadão / Portal Padom

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