Cabo Bruno é morto a tiros um mês após sair da prisão e poucos dias depois de ser consagrado a pastor

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Pouco mais de um mês após deixar a prisão, o ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, 53, conhecido como Cabo Bruno, foi morto a tiros, na Chácara Galega, em Pindamonhangaba (a 145 km de São Paulo), no final da noite de quarta-feira (26).

O cabo Bruno retornava de um culto religioso e estacionou o Chevrolet Astra às 23h45 em frente a uma casa na rua Doutor Álvaro Leme Celidônio. Segundo a polícia civil, dois homens a pé se aproximaram, dispararam vários tiros e fugiram sem levar nada. A mulher do ex-policial e o genro, que ainda estavam dentro do carro, não foram atingidos pelos tiros.

Familiares de Bruno ligaram para o 190, para informar sobre o crime. Quando os policiais chegaram ao local encontraram o carro com várias marcas de tiros e o homem caído ao lado da porta do veículo.

 No local, foram encontrados ao menos 18 cápsulas deflagradas de pistolas calibres ponto 40 e 765, de acordo com a PM.

Segundo a polícia civil, muitos dos tiros foram disparados contra o rosto e o pescoço de Bruno, que morreu no local. O corpo do ex-policial foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de Pindamonhangaba.

O caso será registrado na delegacia de plantão da cidade. Nenhum suspeito foi preso.

HISTÓRICO

Cabo Bruno foi condenado na década de 1980 a 117 anos, quatro meses e três dias de prisão após ser acusado de comandar um grupo de extermínio na zona sul de São Paulo, contando com o apoio de comerciantes da região, que lhe pagavam para ter proteção.

Após ser preso em 1983, tentou fugir por três vezes, tendo sido recapturado pela última vez em 1991.

Durante o tempo em que esteve na cadeia, o ex-policial se tornou pastor. Lá, ajudou a construir uma capela e se casou com uma voluntária na evangelização dos presos. Bruno também passou a pintar telas e chegou a fazer exposições de suas obras.

Em 2009, a Justiça permitiu que ele cumprisse o restante da pena em regime semiaberto. No início de agosto, havia sido liberado por cinco dias para passar o Dia dos Pais com a família.

No último dia 23 de agosto, a Justiça concedeu indulto pleno por bom comportamento a Bruno, que cumpria pena na penitenciária Dr. José Augusto Salgado, em Tremembé (SP).

Delegado ouve testemunhas do assassinato do Cabo Bruno em SP

A Polícia Civil ouve na manhã desta quinta-feira as duas testemunhas do assassinato do ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, 53, conhecido como Cabo Bruno. O crime aconteceu na noite de ontem, quando ele chegava em casa, em Pindamonhangaba (a 145 km de São Paulo).

Segundo o delegado Vicente Lagioto, titular do 1º DP da cidade, as duas testemunhas estavam no carro com o Cabo Bruno. Eles são parentes da vítima e voltavam de um culto religioso, quando houve o ataque. Dois homens atiraram várias vezes, mas apenas o Cabo Bruno, que estava no banco do passageiros, foi atingido.

Os dois criminosos fugiram a pé sem levar nada, após os disparos. O delegado, porém, disse que a principal hipótese é que eles tivessem algum carro aguardando na região. No local, foram encontrados ao menos 18 cápsulas deflagradas de pistolas calibres ponto 40 e 765, de acordo com a PM.

Lagioto afirmou que, segundo os depoimentos, o Cabo Bruno não tinha sofrido ameaças desde que deixou a prisão, há cerca de um mês, nem teve qualquer tipo de desentendimento recentemente.

 Folha / Portal Padom

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