Bispo disse que fiéis têm culpa nos escândalos por tentarem os padres

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Bispo mexicano diz que certos fiéis tentam os sacerdotes
Bispo disse que fiéis têm culpa nos escândalos por tentarem os padres Um importante bispo da Igreja mexicana disse nesta sexta-feira que os fiéis têm parte da responsabilidade nos atos sexuais praticados por padres, e pediu que evitem ser uma tentação para os sacerdotes.“Não seja a oportunidade para que um sacerdote seja infiel a sua vocação; se representas uma tentação, afasta-te e exige que viva com autenticidade sua consagração”, disse Felipe Arizmendi, bispo da diocese de San Cristóbal de las Casas, no estado de Chiapas.
O bispo admitiu que muitos sacerdotes cometeram pecados “inocultáveis e detestáveis”, mas considerou que persiste um clima acusatório dos meios de comunicação, especialmente da televisão”.

Gay não deve ser padre, afirma bispo

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Geraldo Lyrio Rocha, disse que homossexuais devem ser impedidos de ser padres, não por causa da homossexualidade, mas por não se sentirem capazes de assumir o celibato e a castidade. “Não é uma discriminação, é um direito da Igreja, que pode escolher aqueles a quem vai conferir o sacramento da ordem ou sacerdócio”, afirmou.
A declaração de d. Geraldo foi feita ao interpretar trecho do pronunciamento que encerrou, em Brasília, a 48.ª Assembleia Geral da CNBB. O texto trata da formação de padres, preocupação principal dos bispos para evitar novos casos de abuso sexual na Igreja. Ele propõe “trabalhar a dimensão humano-afetiva dos seminaristas, educando-os para o sentido do amor autêntico e verdadeiro, levando-os a assumir com maturidade e liberdade a exigência do celibato”.
Os bispos pretendem selecionar candidatos ao seminário por meio de “acompanhamento que permita a admissão de pessoas com indisfarçável saúde física e mental, somada aos atributos de equilíbrio moral, psicológico e espiritual”. As dioceses buscarão pessoas especializadas em ciências humanas para assessorar a equipe de formadores.
No documento, os bispos também pedem perdão às vítimas de abusos e prometem medidas concretas e urgentes na punição dos culpados. A confecção de uma cartilha, que será um protocolo de política oficial de ação da Igreja, também foi confirmada.
“O tratamento do delito deve levar em consideração três atitudes: para o pecado, a conversão, a misericórdia e o perdão; para o delito, a aplicação das penalidades (eclesiástica e civil); para a patologia, o tratamento”, diz o pronunciamento.
Os bispos confirmaram a constituição de “uma comissão ad hoc para elaborar um vade-mécum” ou cartilha, que “deverá conter princípios teóricos, a partir da legislação civil e canônica, referentes ao proceder dos bispos e de suas dioceses nos casos de abusos”. Com relação a eventuais indenizações, o advogado da CNBB, Hugo Sarubbi, informou que não é possível falar em política padrão. “Nos casos tratados até agora, parece que a responsabilidade é individual e particular, cabendo às pessoas culpadas”, disse.

Com informações de AFP/ Estadão / O Galileo / Padom

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