Bancos do pecado

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Líder egípcio diz que muçulmanos não devem depositar dinheiro em instituições ocidentais.O mufti do Egito, Ali Goma – mais alta autoridade religiosa do país – emitiu um fatwa no qual aconselha os muçulmanos a não depositar dinheiro em bancos ocidentais. Para o clérigo, destinar recursos a estas instituições pode ajudar a financiar a “luta contra o Islã”. Goma defende que os fiéis islâmicos, que são cerca de 90% da população egípcia, deem preferência a estabelecimentos cuja matriz sejam nações muçulmanas.
A fatwa é um pronunciamento baseado nas leis religiosas e não tem, no sentido estrito, vigência no âmbito civil. Contudo, no Egito, esse tipo de norma costuma ser bastante acatada. Ali Goma declarou ainda que os juros cobrados pelos bancos são “dinheiro proibido”, segundo a Sharia (lei islâmica), que os compara ao pecado da usura. Ainda de acordo com o prelado, esses lucros não podem ser usados para fins de caridade nem para o financiamento de projetos públicos.

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