Travesti prega em igreja ‘evangélica’

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A operadora de telemarketing Josiane de Sousa, de 25 anos, entrou pela primeira vez em uma igreja ‘inclusiva’ no centro de São Paulo certa de que ali reviveria um passado que queria esquecer.

Assim como muitos dos atuais membros da ‘Igreja Cristã Metropolitana’ (ICM), voltada predominantemente para o público gay, ela costumava frequentar uma igreja evangélica, onde cantava no coral.

 Lá, segundo ela, o pastor queria que se tornasse “um cantor de sucesso, gravasse cd e até participasse de um reality show” tamanha era sua popularidade.

Tudo mudou, entretanto, quando Josiane, que nasceu homem, revelou que sentia atração por pessoas do mesmo sexo. “Sempre me senti diferente do restante dos meninos”, diz.

Expulsa da igreja, Josiane diz ter prometido a si mesma que nunca mais entraria em um templo religioso novamente. Resolveu, a partir daí, assumir integralmente sua identidade feminina. Hoje, omite seu nome de batismo.

Mas levada por um namorado à ICM, uma igreja inclusiva, Josiane mudou de ideia. “Aqui posso demonstrar o talento que Deus me deu sem sofrer qualquer preconceito”, afirma.

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