Travesti confessa morte de amante

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Noticias Gospel – Os ciúmes doentios de José Carlos Silva, 41 anos, originaram a discussão que acabou com o homem a ser morto à facada pelo companheiro, um travesti, de 20, que ontem confessou ter esfaqueado José Carlos até à morte, em Junho do ano passado, abrindo-lhe depois um buraco no coração. No relato que fez na primeira sessão do julgamento, no Tribunal de Guimarães, Fábio Lopes falou sempre com naturalidade e nunca se mostrou arrependido.
“Ele pegou na faca para me matar, mas eu consegui atirá-lo ao chão, agarrei a faca e dei-lhe uma ou duas facadas”, contou o arguido, conhecido por ‘Felisbela’, no julgamento que ontem começou sob forte protecção policial. Perante uma sala cheia de familiares de José Carlos, Fábio descreveu que depois das primeiras facadas, o companheiro ainda tentou levantar-se. “Ele caiu e eu dei-lhe mais. Depois ele morreu”, disse.
Já com o companheiro morto no chão do quarto, o travesti, com a mesma faca de cozinha que usou para o matar, abriu um buraco no coração da vítima. Fábio começou por negar ter “escarafunchado” o coração de José Carlos para ter a certeza de que estava morto. Mas acabou por admitir o facto quando confrontado com as declarações feitas ao juiz de instrução, em que dizia que “como não tinha experiência de matar, queria certificar–me de que ele morria mesmo”.
O homicida descreveu José Carlos como “um homem possessivo” e admitiu que mantinha uma relação íntima com ele. “Tinha relações sexuais com ele, em troca de cocaína. Para mim nunca passou disso”, garantiu ao Colectivo.
“SÓ VOU AMAR OS MEUS FILHOS E A MÃE DELES”
“Posso conhecer centenas de mulheres, mas amar mesmo só aos meus filhos e à mãe deles”. A frase dita por José Carlos Silva a um amigo, poucos dias antes de ter sido morto à facada no seu apartamento, em Guimarães, e referida ontem em Tribunal, provocou um momento de grande emoção na sala de audiências. A viúva, de quem José Carlos estava divorciado, e os dois filhos gémeos, de 16 anos, choraram convulsivamente.
Os ânimos estiveram bastante exaltados durante a sessão. No exterior do Tribunal, familiares de José Carlos vaiaram e insultaram o arguido quando saiu da carrinha celular.

“Homossexualismo e drogas, uma mistura que acabou em morte. “Um abismo chama outro abismo””

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