Solto pela lei eleitoral, suspeito de estuprar 40 mulheres volta a se apresentar à polícia

229

i_2
IO – O pastor evangélico Waldiney Ferreira Ressurreição, de 34 anos, suspeito de estuprar pelo menos 40 mulheres na Ilha do Governador e em Itaboraí, se apresentou à 37ª DP (Ilha do Governador) na manhã desta quarta-feira. Ele já tinha se entregado no último dia 26 de outubro, mas acabou sendo liberado por causa da lei eleitoral que impede a prisão de cidadãos cinco dias antes das eleições. Waldiney teria cometido os estupros entre 2002 e esse ano.

Na semana passada, o juiz eleitoral Paulo César Vieira criticou o artigo 236 da lei .

– Não é razoável ter esse artigo, é um absurdo e não faz sentido nenhum. E não vejo nenhum movimento para que ele seja extinto – disse o juiz.

No dia seguinte a liberação do suspeito, uma vítima de 14 anos esteve na delegacia para prestar depoimento. A menina contou que estava em casa com a tia e seus primos, uma criança de 5 anos e um bebê de um mês. Waldiney, que se diz pastor, pulou o muro, entrou na casa e pegou uma faca na cozinha. O homem estuprou a menina de 14 anos três vezes. Segundo a tia da vítima, ele também tentou violentá-la, mas como ela estava com o neném no colo, Waldiney ficou com medo que ele chorasse e chamasse a atenção.

– Ele dizia que tinha um comparsa dele fora da casa e, se tentássemos alguma coisa, o homem entraria e acabaria com a gente – contou a tia da vítima.

De acordo com a polícia, o homem escolhia as vítimas em locais pobres e fazia ameaças com facas da própria casa . Ainda segundo a polícia, Waldiney abusou sexualmente de meninas de 13 anos até mulheres de 40. Após o estupro, ele ainda roubava pertences das vítimas.

A polícia conseguiu chegar até ele após a denúncia de uma das vítimas. O celular dela foi rastreado e a polícia descobriu que estava com a mulher do pastor. Foi verificado também que, no perído em que o homem esteve preso por roubo, os estupros pararam. Em outro momento, segundo a polícia, os abusos sexuais aconteciam em Itaboraí, no período em que ele saiu da cadeia e foi morar lá.

Policiais conseguiram identificar Waldiney devido a uma cicatriz no ombro. Segundo a delegada Renata Teixeira, ele sempre cobria o rosto, mas, como se despia, deixava à mostra a cicatriz. Pelo menos três vítimas o reconheceram na delegacia. A delegada disse que deve indiciar também a mulher dele, pois ela teria conhecimentos dos estupros.

Deixe sua opinião