Revista de Casamentos será encerrada por não promover casamento gay

Revista especializada em casamentos sofre boicote por não promover casamento gay, encerra suas edições após perder anunciantes e receber ameaças.

365
White Magazine tem como proprietários cristãos comprometidos com a Palavra de Deus

A mais importante revista australiana, dedicada à apresentação de casamentos, se viu obrigada a encerrar suas edições, após a retirada maciça de seus patrocinadores, porque seus proprietários, crentes da fé cristã, recusam-se em publicar casamentos de pessoas do mesmo sexo.

A revista em questão é a White Magazine, cujos donos Luke e Carla Burrell, que através de seu site anunciaram sua emotiva mensagem de despedida, após 12 anos de circulação, onde fazem publicações alusivas ao amor e ao compromisso.

Além disso, os donos da revista explicaram que desde novembro de 2017, quando o casamento homossexual foi legalizado na Austrália, eles são questionados o porque eles não publicam casamentos de casais homossexuais.

Na declaração, os dois proprietários expressaram que, para tomar a decisão, refletiram sobre suas crenças e que, embora a White Magazine, fosse uma publicação secular, mas com editores cristãos, eles tomaram a decisão, sem a intenção de entrar em diferenças sociais, políticas ou legais com nenhuma pessoa, mas enfatizaram que a fé deles estava ancorada no amor sem julgamento.

“Em vez de permitirmos o espaço para trabalhar através dos nossos pensamentos e sentimentos, ou estar dispostos a participar de conversas corajosas para realmente ouvir as histórias dos outros, alguns simplesmente nos pediram cegamente para escolhermos um lado. Sobre o amor, a paciência e a bondade”, disse o casal.

“Foi lançada uma campanha direcionada a revista, a nossa equipe e aos nossos anunciantes. Os casais que apareceram em nossa revista também foram objetos de abusos online apesar de suas crenças individuais. estamos realmente tristes com isso!”, disseram.

Por outro lado, Luke Burrell lamentou que as crenças das pessoas vêm destruindo famílias e amizades, não só na Austrália, mas também nos Estados Unidos.

Eles compartilharam que vários anunciantes retiraram seu patrocínio por medo de serem julgados por causa da divisão que existe na sociedade sobre as crenças. E eles reconheceram que, por causa disso, a revista tornou-se economicamente inviável.

No ano passado, 61,6% dos australianos votaram em um referendo nacional para legalizar o casamento gay. A mudança entrou em vigor em dezembro.

As igrejas convencionais alertaram na época que os direitos de liberdade de expressão deveriam ser respeitados. O arcebispo anglicano Glenn Davies disse que deve haver respeito pelas pessoas que não concordam em mudar a definição de casamento.

Deixe sua opinião