Record acusa Globo de uso de imagens ilegais em cultos da Universal

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Nesta quinta-feira, o Jornal da Record voltou a falar sobre as acusações que o Bispo Edir Macedo e a Igreja Universal do Reino de Deus vem sofrendo nos últimos dias. A emissora fez também mais denúncias contra a Rede Globo, como uso de câmera escondida em cultos da igreja, prejuízo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de afirmar que “os ataque da Globo ridicularizam a fé dos evangélicos”.Logo no início da reportagem, a Record voltou a mostrar o tempo que o Jornal Nacional desta quarta-feira dedicou ao assunto, novamente 10 minutos. Em seguida acusou a Globo do uso de imagens ilegais em cultos religiosos da igreja, com câmara escondida, que um produtor se passou por fiel para invadir o templo. A Record se defendeu dizendo que as reuniões entre os fiéis são mostradas nas madrugadas de diversas emissoras do país.
Depois o Jornal da Record falou de um rombo que a Globo teria dado no BNDES. “A Globo é responsável por um dos maiores prejuízos do BNDES. Recebeu R$ 400 milhões e deu 5% das ações ao banco. Só que as ações, alguns anos depois, estavam valendo apenas R$ 2 milhões”, frisou a matéria, que continuou e disse que as acusações da Globo estavam ridicularizando a fé dos evangélicos. A Record também comparou algumas ações da Universal com a Igreja Católica, tais como a doação de dinheiro, hóstia, entre outras coisas.
Globo mostra denúncias do jornal Estado de S. Paulo que afirmam que doações de fiéis serviram para compra de imóveis de R$ 25 milhões
O Jornal Nacional desta quinta-feira mostrou denúncias do jornal O Estado de S. Paulo, que dão conta de que o dinheiro das doações de fiéis da Igreja Universal está envolvido em operações suspeitas na compra e venda de bens em nome de Edir Macedo, e outras nove pessoas acusadas de desviar o dinheiro das doações.
O Estadão diz que entre 1996 e 2007, o grupo movimentou R$ 25,6 milhões para comprar imóveis acima de R$ 1 milhão. Seriam casas e terenos espalhados pelo Brasil. A Globo destaca que as acusações estão todas baseadas no relatório do COAF (conselho de controle de atividades financeiras).
Os imóveis seriam um prédio em Salvador, comprado em 1999 por R$ 8 milhões; uma casa comprada por mais de R$ 3 milhões e um terreno por mais de R$ 4 milhões em 2001 em São Paulo; e dois terrenos, um de quase R$ 8,5 milhões e outro de pouco mais de R$ 1,7 milhão, em 2006, no Rio de Janeiro.

Parlamentares apóiam investigações
Em Brasília, políticos apóiam que sejam feitas investigações para avaliar as denúncias do Ministério Público e do jornal o Estado de S. Paulo. O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) diz que “é um impacto muito grande, e aí não se trata de prejulgar. Mas se trata de dizer: a Justiça tem de tomar uma decisão que é apurar e decidir”.
Já para o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), “essa mistura da fé das pessoas com televisão, com política, isso não tinha como terminar bem. E não vai terminar bem”. O Senador Marcelo Crivela, por sua vez, saiu em defesa de Edir Macedo.
“Essa tese de que pastores tenham pego dinheiro de ofertas, mandado para o exterior e assim financiado recursos para enriquecer, isso não é novo. Isso ja foi denunciado em 1993, com denuncia apócrifa. De lá para cá, a Polícia Federal, a Interpol, o FBI, a Receita Federal e finalmente o Supremo Tribunal Federal concluÍram que as denúncias não tinham fundamento”, disse o senador.
srzd/padom

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