Quero Ensinar Meus Filhos

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“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai_os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6:4).

Segundo as instruções desse versículo, há algumas coisas que quero ensinar para meus filhos.

Quero ensinar meus filhos a mostrar reverência e respeito nas reuniões de louvor da igreja. Quando nos reunimos para adorar, estamos na presença de Deus para louvar a ele. Cornélio entendeu esse fato quando ele disse: “Agora, pois, estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir tudo o que te foi ordenado da parte do Senhor” (Atos 10:33). Muitas pessoas, sem dúvida, não têm refletido muito sobre esse assunto. Mulheres conversam, umas com as outras, no berçário. Jovens riem e falam durante o culto. Crianças vão ao banheiro, muitas vezes desnecessariamente. Homens e mulheres saudáveis, que podem mostrar todo vigor e interesse em outros eventos (esportivos, escolares ou sociais) chegam desanimados às reuniões, sentam-se no banco desinteressados, e dormem durante a pregação. Certamente essas pessoas não reconhecem que estamos presentes diante de Deus para adorá-lo. Quero ensinar meus filhos a reverenciar a Deus; que devem se sentar e ficar quietos durante o período de louvor; que devem baixar suas cabeças durante as orações; que devem participar dos cânticos; que não devem bagunçar, fazer barulho ou distrair outros durante o louvor.

Quero ensinar meus filhos a buscar em primeiro lugar o reino de Deus. Jesus disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas (necessidades materiais–BH) vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Quero que meus filhos entendam que o amadurecimento deles como cristãos fiéis é mais importante para mim do que qualquer outra coisa que possam fazer. Se eles forem craques em esportes, se tirarem as melhores notas na escola, se receberem diplomas de pós-graduação, se ganharem disputas de beleza, se viverem em luxúria todos os dias, mas não forem cristãos fiéis e conseqüentemente forem para o inferno após a morte, eu terei fracassado como pai.

Se meu filho quiser participar de esportes organizados, teremos que falar com o treinador antes de assumir qualquer compromisso, para explicar ao treinador que em qualquer conflito entre as atividades espirituais e as atividades esportivas, as atividades espirituais do meu filho têm que ser priorizadas. Depois, temos que ficar firmes nesse entendimento, apesar da pressão para ceder. O mesmo princípio tem que ser aplicado em atividades escolares e atividades sociais. Mais ainda, eu espero conduzir meus filhos a tomar tais decisões sozinhos. Muitos jovens se escondem atrás dos pais com uma resposta fácil: “A minha mãe não deixa…”, ao invés de ficarem firmes nas suas próprias convicções, defendendo ousadamente o Senhor. Meu alvo não é de forçar os filhos a buscar o reino em primeiro lugar, mas o de convencê-los a querer buscar o reino em primeiro lugar para que possam agradar a Deus.

Quero ensinar meus filhos a respeitar autoridade: autoridade dos pais (Efésios 6:1), autoridade do governo (Mateus 22:21) e, acima de tudo, autoridade divina (Atos 5:29). Sentimos pena da criança que não é ensinada a respeitar autoridade quando ainda está pequena. Ela se torna problema na aulinha bíblica, na escola e na comunidade. Mais tarde, ela se torna problema no serviço; arruma problemas com a polícia; e, finalmente, fica perdida eternamente, porque não respeitava a autoridade de Deus.

Há muitas outras coisas que eu quero ensinar aos meus filhos. O espaço limitado não permite a discussão de força de caráter, honestidade, justiça, comportamento bem-educado, etc. Quero ensinar todas essas coisas, também, aos meus filhos.

Que ninguém pense que este artigo é para me gabar das coisas que eu vou fazer; é uma declaração de alvos. Ninguém é mais ciente do que eu da possibilidade de fracassar. Mas eu e a minha esposa oramos freqüentemente, pedindo a ajuda de Deus para que possamos criar bem os nossos filhos. Pedimos que ele não deixe que nossos erros levem a conseqüências graves. No entanto, tentamos dar um bom exemplo aos nossos filhos; lhes ensinamos  pela palavra falada, sempre procurando seguir as instruções que Deus deu a Israel: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar_te, e ao levantar_te” (Deuteronômio 6:6-7). Procuramos sempre fazer isso. E se, um dia, tivermos a felicidade de ver nossos filhos crescidos e fiéis ao Senhor, saberemos que será pela graça de Deus, e daremos glória a ele.

-por Bill Hall?

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