Quando comecei a ir na igreja, descobri que eu precisava de Deus para as coisas darem certo – diz jogador Giuliano

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 Giuliano é um garoto de 20 anos, mas fala como gente grande. A desenvoltura que mostra em campo, com a bola nos pés, repete-se também com as palavras. Você nunca ouvirá, por exemplo, o meia colorado falar “a gente precisamos”, como fazem alguns boleiros.

O areião dele é o saibro

Giuliano é praticamente uma raridade no futebol. Além de falar um português corretíssimo, é um guri estudioso, que faz aulas de inglês, prefere música gospel a pagode e, fora as peladas de futebol, gosta também de jogar tênis. – Estou aprendendo ainda. Faz pouco tempo que comecei a jogar com um amigo. Tênis é muito difícil. O mais complicado é fazer um slice (batida para diminuir a velocidade da bola) – conta, cheio de sorrisos. Eleito recentemente o melhor jogador da Libertadores, além de ter sido o artilheiro da competição, com seis gols, Giuliano é um garoto humilde. Está casado há menos de um ano com Andressa, namorada do tempo de colégio, no Paraná. Fora das quatro linhas, mostra ser uma pessoa caseira. Em vez das baladas, prefere ir ao cinema e frequentar a Igreja Quadrangular.

Maturidade precoce

Embora não tenha nenhuma vergonha de manifestar a sua fé, Giuliano prefere exercer sua religiosidade de forma discreta. Não usa camisetas com mensagens proféticas, nem fica falando o nome de Deus a cada cinco palavras. Faz questão somente de sempre agradecer a Ele pelos bons momentos na carreira.

– Sempre que posso vou nos cultos. Minha esposa vai com mais frequência. Quando comecei a ir na igreja, descobri que eu precisava de Deus para as coisas darem certo – afirma o guri, que vai aos cultos desde os 11 anos, por iniciativa própria.

Melhor do Mundial. Por que não?

Mesmo sendo reserva na Libertadores, Giuliano conseguiu tornar-se o jogador mais importante da competição. Não foi à toa que o Inter rejeitou proposta de 10 milhões de euros pelo meia. Para o Mundial, a perspectiva é diferente: espera começar o torneio entre os 11. O final da história, porém, não precisa mudar. Eleito o melhor da América, ele quer repetir a dose em Abu Dhabi: – Acho que dá, embora eu saiba que enfrentaremos muitos jogadores consagrados. Se acontecer, será uma satisfação pessoal muito grande. Um prêmio desses sempre valoriza o jogador e o clube.

Meia já conheceu Abu Dhabi

Profissional desde os 16 anos, pelo Paraná Clube, Giuliano é um dos mais jovens do grupo colorado. Apesar dos 20 anos, o meia carrega a experiência de ter atuado nas categorias de base da Seleção Brasileira e de já ter sido chamado por Mano Menezes. Em outubro, disputou amistoso contra o Irã e, de quebra, conheceu a cidade do Mundial: – A ansiedade já está batendo. Conheci o hotel que vamos ficar em Abu Dhabi e o estádio (Zayed Sports City). As instalações são ótimas, a única coisa ruim é o forte calor. Mas será que o Inter consegue segurar uma de suas mais preciosas joias na próxima temporada? Com contrato até 2014, ele não pensa, pelo menos agora, em jogar na Europa: – Pretendo permanecer. Temos uma Libertadores para disputar.

Conheça um pouco mais do ídolo

Nome: Giuliano Victor de PaulaData de nascimento: 31/05/1990, em Curitiba PRComida preferida: massa, pizza e churrasco, não tudo junto, é claro.Filme preferido: Desafiando Gigantes, de Alex KendrickÚltimo livro que leu: Bom Dia, Espírito Santo, de Benny Hinn (evangélico)Jogo inesquecível: Estudiantes 2×1 Inter, na Libertadores deste ano, quando fiz o gol da classificação para as semifinais.Onde passa as férias: em casa, no Paraná, com a famíliaÍdolo no futebol: Kaká, do Real MadriÍdolo na vida e por que: minha mãe Tarcília, por ser uma pessoa guerreira, batalhadora e determinada.Se não fosse jogador de futebol, seria? Não sei, mas com certeza estudaria e faria uma faculdade.Grau de escolaridade: Segundo Grau completoPior situação por que passou em campo: as vaias no empate com o Fluminense, no Beira-Rio. Música preferida: Marca da Promessa, do Ministério Trazendo a Arca (gospel)

Clicrbs / Portal Padom

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