‘Princesa não precisa ser sensual para ser linda’, diz Sarah Sheeva, no resgate à moda dos anos 50

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Nesta quinta-feira, a pastora Sarah Sheeva realizou mais um Culto das Princesas, em Kearny, Nova Jersey, incorporando uma personagem dos anos 50, em prol da renúncia aos apelos para a sexualidade.
No púlpito da igreja Comunidade Evangélica Vida Abundante (CEVA), a pregadora famosa por ensinar a abstinência sexual antes do casamento, usava um vestido comportado, rodado, volumoso, de cor azul com bolinhas brancas.

“Ela [a personagem dos anos 50] busca resgatar uma moda que se perdeu. Uma moda que deixa a mulher linda, sem precisar ser sensual. Sem precisar apelar para a sexualidade. É uma moda que resgata e valoriza o corpo feminino”, disse ela, em entrevista ao The Christian Post.

Ao contrário do que muitas feministas pensam, de que ela estaria tentando fazer a mulher retroceder, ela explica, “eu estou lutando pelo direito de sermos respeitadas sem precisarmos apelar para a sexualidade”.

“Porque a mulher se veste de uma maneira cada vez mais vulgar, tirando o seu valor. E isso é um pensamento machista, porque o homem acaba usufruindo disso.”

“As mulheres entram nesse jogo, competindo para ver quem tem o corpo mais inteiro, quem usa a calça mais justa (…)”.

Sarah Sheeva esclarece que normalmente não usa esse tipo de roupa, mas diz que faz isso somente nos cultos para mostrar para as mulheres que elas não precisam ser sensuais para poder “ser lindas e chamar a atenção.”

A tática da pastora Sarah parece ter dado certo e, gradativamente, ela tem presenciado mulheres aparecendo com uma maneira diferente de se vestir. “Elas se enfeitam para ir no culto, elas aprendem a ter um amor próprio, sem precisar apelar para a vulgaridade”.

Os Cultos das Princesas consistem de lições que ensinam as mulheres a parar de atrair homens errados, seguindo princípios bíblicos. A mensagem foca-se no fato de que a mulher tem que passar a mensagem certa aos homens e isso, segundo ela, começa pela aparência.

Segundo Sarah Sheeva, muitas mulheres, dentro ou fora da igreja, atraem cachorros por culpa delas mesmas. “Mesmo tendo um coração de princesa elas passam imagem de serem ‘cachorras’”. O que falta para elas, ela conclui, é o conhecimento bíblico.

A pastora ensinou no culto desta quinta-feira a passagem do livro de Cantares, especificamente os versículos 8 e 9, em que ela diz que descreve dois tipos de mulheres: a mulher “muro” e a mulher “porta”.

Sarah mostra sua interpretação para as mulheres “muro”, como o versículo se refere, como as mulheres mais difíceis, que se valorizam, e que neste caso seriam as princesas. Por outro lado, o outro tipo de mulher, “as portas”, são as mulheres fáceis, que facilmente cedem aos convites e desejos do homem.

Para que as mulheres mudem para serem princesas não basta somente que elas aceitem a Cristo, mas têm que conhecer a palavra e vivê-la, diz a pastora.

“Não adianta você aceitar Jesus e viver nas velhas obras”, disse ela ao CP.

Segundo a Bíblia, afirma a pastora, a mulher não procura o homem. Entretanto, ela diz, isso se perdeu e “até mulheres solteiras dentro da igreja dão em cima de homem”.

Relembrando que existe a necessidade de se restaurar os relacionamentos, ela ensina no culto que o sexo antes do casamento é pecado, segundo a Bíblia, sendo restrito somente ao matrimônio.

Quanto ao beijo, ela esclarece que não é pecado, entretanto, alerta que ele desencadeia uma preparação para que o sexo aconteça.

Muitas mulheres da igreja vivem uma vida “abrazadamente”, fazendo sexo e beijando de língua em seus relacionamentos antes de casar, aponta ela.

A falta de conhecimento bíblico citado por Sarah é causado pela falta de ensino apropriado, afirma ela. “Uma das razões é o fato de que os pastores têm medo de abordar e perder suas ovelhas”, explica ela, referindo-se à falta de abordagem do tema da sexualidade.

Ela acredita que as igrejas são responsáveis pelo acompanhamento dos fieis a partir do momento em que eles chegam, com o discipulado e aconselhamento espiritual.

E concorda que há a necessidade de se trabalhar mais na área de sexualidade dos jovens no Brasil, dentro das igrejas ou ministérios.

“De um modo geral nós deveríamos trabalhar com os solteiros, porque eles acabam se casando muitas vezes pela pressão externa, cobrança externa. E muitas vezes a solução não é casar, é primeiro ser restaurado na área emocional. Uma pessoa que ainda não é restaurada na área emocional, não está pronto(a) para casar”, diz ela, que por experiência própria, passou um período de discipulado durante os anos que se seguiram à sua conversão.

Depois de assistirem os cultos, Sarah Sheeva diz que recebe o testemunho de muitas mulheres que mudam suas atitudes na área sentimental e sexual e seus parceiros que acabam mudando também.

A pastora afirma que até pessoas de outras religiões, e mesmo homossexuais que participam do culto são tocados pela palavra pregada.

Sarah revela o sonho de realizar uma conferência de príncipes e princesas em 2013, com o objetivo de “uní-los em comunhão, de maneira saudável e já com os princípios de como se comportar”.

The Christian Post / Portal Padom

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