Preparativos para o casamento

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alianca-pre-nupcialExame pré-nupcial é de grande importância para uma melhor qualidade de vida

Quando um casal decide se casar é preciso resolver inúmeras questões. Onde morar, móveis, cerimônia, festa e em meio a tanta correria, muitas vezes os noivos se esquecem de um detalhe bastante importante: a saúde. O exame pré-nupcial é mais necessário do que se imagina evitando riscos em uma futura gestação e proporcionado um relacionamento a dois com mais qualidade de vida. Alguns exames clínicos são necessários para o casal: medida de pressão arterial, ausculta cardíaca e pulmonar, palpação de tiróide e abdome.

A médica ginecologista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, professora da UERJ e mestre em saúde pública, Renata Aranha, dá um alerta. Ela adianta que a coisa mais importante é se cuidar antes de começar a ter relações sexuais. “Para isso, tanto o homem quanto a mulher devem fazer o exame do HIV, a sorologia de hepatite B e C, além do exame de fezes, urina e o PDRL para a detecção da sífilis. Caso exista alguma doença sexualmente transmissível a pessoa poderá se tratar, tomar a vacina e assim evitar problemas posteriores.

A menos que o casal já opte por não ter filhos, alguns cuidados também são necessários para uma possível gestação. É preciso fazer o exame de grupo sanguíneo e fator RH. “Quando a mulher é RH negativo e o homem RH positivo, será preciso tomar alguns cuidados durante a gravidez a fim de evitar problemas em gestações futuras. Já que no momento do parto, o filho poderá ter contato com o sangue da mãe e isto vai fazer com que seu organismo identifique aquele sangue como algo estranho e reaja produzindo anticorpos para se proteger dele. No primeiro parto isto provavelmente não causará problemas”, detalha a médica.

“Porém, na segunda gestação, caso os dois tenham novamente essa incompatibilidade sanguínea o feto pode sofrer algumas dificuldades, já que o organismo da mãe irá criar os anticorpos para aquilo que ele considera estranho”, explica a Dra. Renata. Por isso, é muito importante comunicar o fato ao médico durante o pré-natal. Sendo assim, ainda na maternidade, logo após o nascimento, a mãe irá tomar uma injeção impedindo que esta formação aconteça.

Renata cita, também, o exame preventivo de colo do útero para que se investigue alguma alteração. Além de um exame clínico, quando o urologista e o ginecologista irão examinar os órgãos sexuais do homem e da mulher para ver se existe algo de errado. A médica diz ainda que a mulher deve fazer a sorologia para a rubéola, toxoplasmose e citomegalo vírus e uma glicemia de jejum para verificar se existe a diabetes.

De acordo com a ginecologista estes vírus podem causar doenças no feto. Por isso, é importante saber se a mulher já desenvolveu estas doenças ou não. O ideal é que se faça este procedimento ao menos quatro meses antes do casal decidir engravidar. “Acaso ela não tenha anticorpos necessários para a rubéola, deverá fazer a vacina e só engravidar ao menos três meses depois de ter sido vacinada”. A ginecologista faz um alerta, e diz que caso a mulher engravide antes desse período o bebê pode nascer com algum problema, já que a rubéola só vai trazer complicações quando a contaminação ocorre durante a gestação”, conclui.
Gisele Alves
Fonte: Elnet / www.padom.com

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