Por que homens de Deus morrem de forma trágica?

2469
Foto do acidente que ceifou a vida de David Wilkerson
Foto do acidente que ceifou a vida de David Wilkerson
Foto do acidente que ceifou a vida de David Wilkerson

Há exatos quinze anos, a Assembleia de Deus no Brasil perdia o pastor e profeta Valdir Nunes Bícego. Ele gostava de dizer, em suas mensagens, que Deus lhe dera sete livramentos de morte certa. Mas, naquela tarde do dia 28 de abril de 1998, uma única bala, calibre 22, foi suficiente para causar a sua morte. Há dois anos, mais um homem de Deus partiu para a glória de maneira trágica: David Wilkerson. Quem conhece a sua biografia sabe que ele podia ter sido assassinado ainda jovem, em Nova York, por Nick Cruz e sua gang, porém sua vida foi preservada até o dia 27 de abril de 2011, quando uma carreta atingiu o seu carro, em uma estrada no Texas, Estados Unidos.

Wilkerson, fundador da Times Square Church, foi um dos escritores que muito me influenciou quando eu comecei a pregar. Lembro-me de uma terça-feira, em 1989, em que um irmão idoso assentou-se ao meu lado e, com lágrimas nos olhos, disse: “Jovem, você é pregador e precisa ler este livro”. Ele me presenteou com um livro surrado e todo marcado: Toca a Trombeta em Sião, da CPAD. Percebi, ao ler a obra, que Wilkerson não era teólogo, exegeta ou erudito, e sim um profeta do Altíssimo. Já o primeiro foi um pregador e ensinador de mensagens biblicocêntricas, de vida exemplar, portador de uma liderança influenciadora.

Não podia Deus ter livrado da morte esses dois profetas mencionados, uma vez que já havia feito isso muitas vezes? E por que eles partiram de modo tão trágico? Embora haja promessas de livramento para os crentes fiéis (2 Sm 22.49; Sl 18.48; 34.7), estamos sujeitos a morrer de forma violenta (Mt 14.1-12). O próprio Senhor Jesus afirmou: “E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28). Para o salvo, o importante é morrer “em Cristo” (1 Ts 4.16).

A maneira de morrer para o cristão torna-se irrelevante quando consideramos 1 Coríntios 15.51-53 e 2 Coríntios 5.1-4, passagens que enfatizam a transformação do nosso corpo no dia do Arrebatamento da Igreja. Por isso, o apóstolo Paulo, que, segundo a tradição, teria sido decapitado, afirmou: “para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1.21).

Que Deus continue consolando e abençoando as famílias e os amigos de David Wilkerson e Valdir Bícego, profetas de Deus com trajetórias semelhantes, que partiram para a glória no mesmo mês, em 1998 e 2011, respectivamente, de maneira trágica. Mas o importante é que eles deixaram imitadores (1 Co 11.1). O Senhor nos deu esses profetas, e o Senhor os tomou. Como disse Jó, “bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21).

por: Ciro Sanches Zibordi

CPAD News / Portal Padom

Deixe sua opinião