O Ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, poderá deixar o cargo nos próximos dias, devido a alguns problemas de saúde.
Embora o presidente Jair Bolsonaro não tenha dito até o momento nada sobre o assunto, o grupo Globo, afirma que fontes do Planalto que teriam participado das tratativas disseram que Pazuello comunicou a Bolsonaro estar com problemas de saúde, e que precisará de um tempo para cuidar de sua saúde.
Os jornalistas Paulo Cappelli e Natália Portinari, alegam que o seu pedido de afastamento coincide com o auge da pressão de deputados do Centrão, que pleiteiam mudança no comando da pasta, sob pretexto de má gestão durante a pandemia coronavírus.
Interlocutores de Bolsonaro já entraram em contato com dois cardiologistas cotados para substituir Pazuello: Ludhmilla Abrahão Hajjar e Marcelo Queiroga. O primeiro nome, como divlugou o blog de Andreia Sadi, é o preferido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de deputados do Centrão para assumir a vaga. Hajjar é professora associada de Cardiologia da USP. Queiroga preside a Associação Brasileira de Cardiologia.
Um integrante do núcleo de Bolsonaro disse ao GLOBO que a mudança não ocorrerá por pressão de parlamentares, mas, segundo ele, por motivos de saúde de Pazuello. Alega que, se fosse para ceder ao Centrão, o escolhido seria o deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ), que teria sido o primeiro nome indicado pelo bloco.
Além de criticarem a gestão de Pazuello, principalmente por conta do atraso na vacinação, deputados do Centrão disseram em caráter reservado ao GLOBO que, com a volta de Lula ao cenário eleitoral, o bloco ganha mais força para pleitear espaço na administração pública. Lembram que o grupo integrou o governo do petista e, em 2022, poderá servir como fiel da balança na composição de forças políticas entre o atual presidente e o ex.
Pazuello no Ministério da Saúde
Eduadro Pazuello assumiu, interinamente, o ministério da saúde após a saída de Nelson Teich, em 15 de maio de 2020, durante a pandemia de COVID-19 no Brasil.
Em 19 de maio de 2020, Pazuello liberou o uso da hidroxicloroquina e cloroquina para o tratamento da COVID-19 e em junho de 2020, Pazuello foi nomeado Ministro da Saúde interino e exonerado do cargo de secretário-executivo do ministério.
Em 14 de setembro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro anunciou Pazuello no cargo de Ministro da Saúde, sendo oficialmente empossado dois dias depois.
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