Pastor Leonel não esclarece acusações de crimes relativos a tráfico urânio

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O pastor evangélico da Igreja Kharisma, José Leonel Ferreira, optou ontem por remeter-se ao silêncio, no início do julgamento, no Tribunal de Gaia, em que é acusado de crimes relativos a tráfico de urânio e ainda de ter enriquecido à custa da obra de caridade “Os Samaritanos”, de que foi presidente, até ser detido pela Polícia Judiciária.

Em concreto, Leonel Ferreira, é suspeito de ter usado dinheiro doado à instituição para financiar tráfico de urânio, mediante ligações que mantinha com indivíduos em França, com ligações à Roménia. Os três indivíduos (um francês e dois camaroneses) foram condenados em França. Supostamente, seriam colaboradores do pastor, no tráfico de Urânio 235, uma substância usada em explosivos nucleares.

A detenção ocorreu quando o grupo procurava clientes para a substância. A amostra proveio da Roménia e terá tido origem na Rússia. Nas buscas efectuadas pela PJ, foram detectados faxes e provas de comunicação entre Leonel e aqueles indivíduos.

Na sessão de ontem, foram ouvidas quatro testemunhas. O arguido admitiu falar mais tarde.Envolvendo a instituição “Os Samaritanos” – a que agora já não preside, em termos formais -, Leonel está acusado de peculato e participação económica em negócio.

Em causa estão negócios em que interveio em dupla qualidade: como presidente da instituição e prestador de serviços ou senhorio. Entre 2000 e 2002, duas empresas de Leonel facturaram 1,168 milhões de euros e trabalhavam exclusivamente para aquela instituição de caridade.

Jornal de Noticias/Portal Padom

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