Pastor fecha igreja para repassar mensagens bíblicas nas ruas

Eu abri uma igreja, mas Deus me disse que aquela não era minha missão. Ele me disse para fazer algumas placas com os dizeres e ficar nas ruas e esquinas evangelizando

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Há mais de um ano, o pastor da Assembleia de Deus, Carlos Zacarkim, 55 anos, se dedica a repassar mensagens bíblicas pelas ruas de Sinop, Mato Grosso.

Em entrevista ao site Só Notícias, o Pastor conta que a ideia surgiu por orientação divina. “Eu abri uma igreja, mas Deus me disse que aquela não era minha missão. Ele me disse para fazer algumas placas com os dizeres e ficar nas ruas e esquinas evangelizando”.

O trabalho, garante Carlos, tem ajudado dezenas de pessoas. “Esta semana, teve uma senhora que parou e pediu oração. Disse que se sente abandonada pelos filhos. Há também histórias de pessoas desempregadas, que buscam emprego na região e nos procuram. Também consegui recuperar um mendigo. Consegui contato e foi possível enviar ele de volta para a família em São Paulo”.

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Boa parte das pessoas, no entanto, vê com curiosidade a atitude do pastor. “As pessoas param e perguntam se eu estou pagando alguma promessa”, brinca. “Muita gente também volta para agradecer por eu estar ali em determinado momento. A pessoa passou e se sentiu abençoado. É um trabalho de grande despertamento na vida das pessoas”, afirma.

As mensagens que estampam as placas também são escolhidas com ajuda de inspiração divina, diz. “Eu espero um momento de inspiração. Às vezes é algo simples, mas é orientado por Deus. Por exemplo, a frase ‘Perdoar é divino’. Pode ser que alguém, que tenha dificuldade em perdoar outras pessoas, passe por ali, veja a placa e decida se apegar a Deus”.

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De uma família de pastores, Carlos atua na área evangélica há 35 anos. “Meu pai era pastor. Meu avô, sogro e tios também eram. É uma descendência muito grande e de longa data de evangélica. Quando eu nasci, meu pai estava afastado da igreja. Quando eu tinha por volta de 7 anos, ele voltou. Minha inspiração para ser pastor veio do meu avô”.

Apesar de morar apenas há três anos em Sinop, Carlos conheceu a cidade ainda na década de 80. “Eu vim para trazer a mudança dos meus pais, quando eu tinha 18 anos. Saí de Assis Chateubriant (cidade paranaense) junto com o motorista. Quando eu cheguei aqui, meu pai, que tinha sociedade em uma empresa, decidi ir pastorear em Juína. Ele queria repassar a empresa para mim. Eu disse que não queria, pois minha vontade era ficar à disposição de Deus”.

O pastor garante que pretende continuar o trabalho de evangelização nas ruas de Sinop por tempo indeterminado. “Enquanto Deus não mandar parar, eu sigo firme”, finalizou.

 

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