Pastor é assassinado em frente à família

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No dia 21 de setembro, o pastor Manuel Camacho, 33 anos, do Movimento Missionário Mundial morreu após ser baleado seis vezes no rosto.
O crime aconteceu em frente à sua casa, às 10 horas, na vila de Choapal, Departamento de Guaviare. O assassino é membro de um grupo guerrilheiro local.
O pastor recebeu o telefonema de um homem que pediu para se encontrar com ele. Glória, a esposa, estava do lado de fora da casa quando foi abordada por três homens. Eles lhe perguntaram se ela tinha gasolina. A mulher se virou para entrar na casa e o pastor caminhou na direção dos homens. Então ele foi baleado.
Não se sabe se os dois filhos do casal, que também estavam fora da casa, testemunharam o tiroteio, mas eles ouviram os seis tiros.
Acredita-se que o pastor Manuel foi assassinado por pregar e evangelizar na cidade e seus arredores, levando pessoas a Cristo. Sua igreja cresceu bastante para os padrões rurais: 60 membros batizados e 30 frequentadores novos. Igrejas grandes na têm cerca de 50 membros.

Por que vocês estão chorando?
O pastor já havia sofrido ameaças e estava preocupado com a segurança de seus filhos. Ele estava discutindo a possibilidade de mandá-los para a Casa Abrigo da Visão Ágape (mantida pela Portas Abertas Internacional), e esperava que os filhos pudessem se mudar antes do começo do próximo ano letivo.
Glória foi a primeira a ver o corpo do marido dela. Quando ela viu o rosto do assassino, percebeu que estava branco, e que o homem tremia muito. Ele saiu de lá. Para Glória, o homem percebeu o pecado grande que havia cometido.
Bem cedo naquela manhã, depois de acordar, Glória sabia que seu marido iria morrer. Ela, entretanto, ficou em silêncio. Ela havia tido uma visão de que Manuel fora assassinado e que ela ficou só, com os dois filhos.
Glória disse: “Muitas vezes quando conversávamos, Manuel falava que pregaria até chegar o tempo do Deus. Ele disse à congregação que, se ele um dia morrer, eles teriam de continuar, sem perder o ânimo”.
A liderança da igreja sentiu muito a morte de Manuel, pois ele era um exemplo de fidelidade. Nunca houve uma reclamação contra ele.
O coordenador do Movimento Missionário Mundial em Guaviare viajou à comunidade a fim de ver o que pode ser feito. A comunidade está esperando para ver como os cristãos reagirão a esse ato violento. É um grande desafio, mas se esperam que as atitudes dos cristãos abram o coração as pessoas, já tão endurecidas pela violência na região.
Ultimamente, o chefe nacional das guerrilhas vem tentando reduzir o número de assassinatos, pois o grupo tenta emancipar-se como força política. Esse caso, porém, é um exemplo de como os chefes regionais diferem no tratamento dado aos evangélicos.
Em algumas áreas controladas por guerrilheiros, a existência da igreja tem sido aceita. No entanto, em outras regiões, os guerrilheiros ainda atacam cristãos e fecham igrejas.
O governo colombiano continua a negociar com as forças rebeldes. Mas, mortes como a do pastor Manuel Camacho, prejudicam o processo para ambas as partes.

Portas Abertas / Padom

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