Pastor acusado de abusar de menores se desliga do cargo

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O pastor evangélico de 47 anos que está sendo acusado de pedofilia se afastou da função ontem à noite.
Durante assembléia da liderança da igreja, na semana passada, seu desligamento foi aprovado, mas o pastor não acatou a decisão.
Ontem, ele acabou renunciando, após pressão dos fiéis. A informação foi confirmada pelo pastor Rui Carlos Rieger, que está assumindo o controle da igreja.
Entretanto, o líder religioso preferiu não comentar o assunto. Apesar da denominação religiosa não estar sendo divulgada, para evitar denegrir a imagem da instituição, ele teme falar. “Não queremos mais fomentar isso, vai denegrir a imagem da nossa igreja. Mas ele se desligou sim”, confirmou o pastor.
O fato – Conforme a denúncia formalizada na DPCA (Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente), um menino de 14 anos de idade vinha sendo assediado pelo pastor há cerca de cinco meses.
A mãe do menino desconfiou da amizade e dos presentes dados pelo religioso, como aparelho de telefone celular, roupas e dinheiro para pagar a mensalidade de uma academia.
Um tio do adolescente estima que pelo menos outras oito famílias tenham sido vítimas do pastor evangélico, pessoa considerada “acima de qualquer suspeita” pela comunidade.
As vítimas seriam do sexo masculino e estariam na faixa etária de 7 a 14 anos de idade.
O garoto de 14 anos, cuja mãe formalizou a denúncia, teria cartas com declarações de amor escritas pelo pastor. Além dos presentes, o pastor passava na escola, uma instituição pública na Vila Jacy, para pegar o adolescente. Para levá-lo, ele mentia para a direção do estabelecimento que era pai do menino.

Investigação – A delegada titular da DPCA, Márcia Regina da Mota Rodrigues, confirmou que a unidade está investigando o pastor. No entanto, apenas uma das nove famílias formalizou boletim de ocorrência.
No momento, a Polícia Civil está começando a ouvir os envolvidos, como as vítimas e, inclusive, o autor dos abusos. “Estamos coletando informações ainda”, destacou a delegada.

CampograndeNews/Padom

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