Parlamentares são favoráveis à apuração da promotoria sobre Edir Macedo

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Ministério Público de São Paulo denunciou Macedo e outros nove.
Senador Marcelo Crivella, da Igreja Universal, diz que MP está equivocado.
As investigações do Ministério Público de São Paulo que levaram à denúncia feita na segunda-feira (10) contra Edir Macedo e mais nove pessoas mostraram que dinheiro doado por fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus para a caridade foi usado em benefício do grupo.Em Brasília nesta quinta-feira (13), senadores e deputados de diversos partidos se disseram favoráveis à investigação da promotoria, aceita pela justiça criminal. E defendem que seja uma investigação rigorosa. No meio político, tanto parlamentares governistas quanto os de oposição fizeram o mesmo pedido: que os fiéis sejam respeitados e que o dízimo seja usado com transparência.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), líder do PSDB no Senado, diz que toda denuncia deve ser apurada. “Toda denúncia deve ser investigada e ao fim proclamados os culpados ou ressalvados os inocentes”, disse o senador.
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a investigação que está sendo feita responderá todas as dúvidas. “Temos a obrigação de exigir os esclarecimentos com uma investigação rigorosa. E ela está se procedendo. Certamente o Brasil terá uma resposta às perguntas”, disse o senador.
O senador petista Eduardo Suplicy (PT-SP) acredita que as pessoas precisam saber o que vai ser feito com o dinheiro da contribuição. “Eu acho importante, até pra que não se iluda a boa fé das pessoas”.
Os deputados também defenderam uma investigação da justiça sobre o caso. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que é importante saber se a fé das pessoas está sendo usada de maneira indevida. “É importante que a justiça agora avance e chegue a uma conclusão se de fato a fé das pessoas pode estar sendo usada de forma indevida, de firam a essa fé ser usada pra influência na política e através da influência na política pro fortalecimento dessa estrutura nos meios de comunicação, o que é muito grave”, disse o senador.
Para o deputado Antônio Carlos Pannunzio ( PSDB- SP) a investigação deve ser concluída com urgência para ser julgada pelo poder judiciário. “Se se comprovar esse abuso sobre pessoas humildes, pessoas que vão em busca de um amparo de expectativa melhor e de um conforto pra vida e que de repente de vêem exploradas por figurões da igreja universal”.
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) disse que a ‘mercantilização da fé’ não pode acontecer. “É algo como você vender ou comprar o que é sagrado, o que é de deus, e isso é indisponível”, disse o deputado.
O senador Marcelo Crivela (PRB-RJ), da Igreja Universal, não quis gravar entrevista por que se recupera de uma cirurgia na boca. Por telefone, disse que o Ministério Público está equivocado e que as denúncias já foram investigadas.
Na câmara, o deputado Robson Rodovalho (DEM-DF) , da bancada evangélica, defendeu as ações da igreja. “A igreja tem a prerrogativa constitucional de usar qualquer instrumento pra pregar o evangelho. Conquanto que esteja no nome da igreja,” disse.
g1/padom

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