Em uma entrevista publicada na quarta-feira, 18, no jornal jesuíta “La Civiltà Cattolica”, o líder da igreja Católica Apostólica Romana, o papa Francisco, disse que apesar da igreja ter o direito de expressar suas opiniões, ela não deve ‘interferir espiritualmente’ na vida dos gays e lésbicas.
Francisco que em julho em um discurso a favor da comunidade gay, havia dito que os gays ‘não devem ser julgados’, desta vez aproveitou também para criticar mais uma vez a própria igreja a qual é líder, afirmando que ela é obsessiva quando o assunto é o aborto e a contracepção.
“Uma pessoa me perguntou uma vez, em tom provocativo, se eu aprovava o homossexualismo“, disse. “Eu respondi com uma pergunta: Quando Deus olha para uma pessoa gay, ele reconhece a existência desta pessoa com amor, ou a rejeita e condena? Sempre precisamos considerar esta pessoa”.
Ao comentar sobre o aborto, Francisco disse que foi criticado por não falar sobre o aborto e contracepção. “Fui repreendido por isso. Mas, quando falamos sobre essas questões, temos que fazê-lo em um contexto. O ensinamento da igreja quanto a isso é claro, e eu sou um filho da igreja, mas não é necessário falar sobre esses assuntos o tempo inteiro”.
Ao ser indagado pelo repórter sobre quem é Jorge Mario Bergoglio (seu nome de batismo), o papa respondeu que é “um pecador“. “Essa é a melhor definição. Não é uma figura de linguagem, eu sou um pecador”.
Durante a entrevista, Francisco deixou entender que para ele a igreja por vezes “se fechou em torno de coisas pequenas”. “Coisas de mentes pequenas. O povo de Deus quer pastores, não clérigos agindo como burocratas ou políticos”.
O pontífice acredita que sobre o papel das mulheres na igreja, é preciso que a igreja encontre um ‘novo balanço’ entre suas missões políticas e espirituais.
Estaria o papa Francisco aos poucos se rendendo ao movimento LGBT e ao aborto? Deixe o seu comentário abaixo
Com informações da UOL
Deixe sua opinião