Padre preso após 20 anos de abusos declara: ‘sou um pedófilo asqueroso’

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Um padre católico foi condenado a quase 20 anos de prisão na Austrália por ataques sexuais a 25 crianças durante quase duas décadas.John Sidney Denham, de 67 anos, se declarou culpado de uma série de acusações relativas ao assédio a meninos de escolas de Nova Gales do Sul entre os anos de 1968 e 1986.
A juíza afirmou que suas ações “contribuíram para uma cultura de medo e depravação”.
Denham pediu desculpas às vítimas e suas famílias, afirmando que não passava de “um mero pedófilo asqueroso”.
Ele foi condenado a 19 anos e 10 meses de prisão por crimes que incluem atos sexuais e ataques indecentes contra meninos com idade entre cinco e 16 anos. A recomendação é para que ele cumpra pelo menos 13 anos e 10 meses de prisão.

Desculpas
A juíza Helen Syme passou quase três horas descrevendo as acusações contra o padre, segundo informações do jornal The Australian.
“Os ataques envolveram várias crianças, com frequência exigiam planejamento significativo, com frequência eram sádicos e sobretudo persistentes, consistindo em condutas criminosas objetivamente sérias”, disse ela.
“As ações do criminoso contribuíram para uma cultura de medo e depravação, especialmente na escola, que permitiu que esses crimes perturbadores ocorressem e permanecessem impunes por anos.”
Em comunicado, Denham disse ao tribunal na quinta-feira: “Tudo o que posso dizer é: sinto muito. Me vejo como um simples pedófilo asqueroso que me aproveitei da situação e usei meu poder para abusar de jovens”.
As vítimas e suas famílias elogiaram a sentença, mas disseram que a Igreja Católica deveria ser responsabilizada pelo que ocorreu.
O grupo australiano Broken Rites (Ritos quebrados, em tradução livre) afirmou ter recebido milhares de ligações delatando abusos desde que abriu uma linha telefônica para denúncias em 1993 e ajudou na condenação de mais de 100 membros do clero.
Durante uma visita à Austrália em julho de 2008, o papa Bento 16 se encontrou com algumas das vítimas de abuso no país e pediu desculpas.

BBC Brasil / Portal Padom

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