A Anistia Internacional anunciou nesta quarta-feira, que as forças de segurança do Egito têm fracassado em proteger os cristãos coptas, que é uma grande maioria no país.
“É extremamente preocupante que a comunidade cristã egípcia esteja sob ataque de partidários de Mohamed Mursi, em resposta aos acontecimentos no Cairo“, disse Hassiba Hadj Sahraoui, vice-diretora da Anistia para Oriente Médio e África do Norte.
A ONG informa que cerca de 200 propriedades de cristãos foram atacadas, 43 igrejas danificadas e assim como várias mortes.
“Uma reação violenta contra a comunidade copta deveria ter sido esperada, mas as forças de segurança não pode evitar os ataques e nem parar a violência”, disse a Anistia.
A organização também destaca o caso de um cristão que foi sequestrado e torturado na cidade de Dalga, para logo profanar seu túmulo e o seu corpo arrastar pelas ruas, a fim de assustar os crentes.
“Alguns incidentes duraram horas (..), porque as forças de segurança não puderam parar”, pergunta a ONG.
Os coptas, que representam de 6 a 10% da população do Egito, entre os 85 milhões de habitantes. A comunidade tem sido perseguida pela Irmandade Muçulmana, acusada de provocar a derrubada de Morsi.
Morsi e seu julgamento
O deposto presidente egípcio Mohamed Morsi, irá a julgamento no dia 04 de novembro sob a acusação de incitar os assassinatos de opositores quando estava no posto, anunciou quarta-feira um tribunal.
Morsi foi derrubada no dia 03 de julho e desde então permanece incomunicável em um lugar não revelado, mas já falou duas vezes com a sua família e tem sido visto pela diretora de política exterior da União Europeia, Catherine Ashton e uma delegação da União Africana.
Junto com Morsi serão julgados outros quatorze membros da Irmandade Muçulmana, incluindo assessores e membros proeminentes do grupo.
Deixe sua opinião