O Presente Real

319

Quantos esforços fazemos na época do Natal para alegrar com presentes os que nos são chegados! Não poupamos tempo ou dinheiro para alegrá-los. A satisfação de quem recebe um presente com gratidão e o utiliza reflete-se naquele que o presenteou.
Mas como são pequenos e fúteis todos os esforços humanos e as experiências com nossos presentes, quando avaliamos a grandiosidade e a profundidade do presente singular e incomparável que Deus, em Seu amor ilimitado, deu a nós seres humanos no Natal: “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou…” (Rm 8.32). O Filho de Deus foi entregue para morrer em nosso lugar e com sua morte expiou a culpa do nosso pecado, abrindo novamente o caminho para Deus, dando-nos a vida eterna! Por isso Paulo prossegue em Romanos 8.32, exclamando com alegria: “…porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” Este é realmente um presente de rei, um presente que nos foi dado quando Jesus tornou-se homem, sem o qual estaríamos perdidos. Jesus “se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (Gl 1.4).
Os nossos presentes terrenos sempre são apenas símbolos do nosso apreço por alguém. Mas Deus, ao contrário, deu-se a Si mesmo “integralmente”. Ele realmente investiu tudo para a nossa salvação. Como procedemos com o Seu presente? Estamos sempre conscientes da ilimitada grandeza do Seu sacrifício? Temos também consciência do ilimitado esforço que Deus fez em favor de nós pecadores? Além disso, como aceitamos o Seu presente? Se temos que agradecer quando recebemos presentes das pessoas que nos querem bem, quanto mais devemos agradecer e valorizar esse presente de Deus! E também devemos usufruir desse presente em toda a sua plenitude.
Mas isso somente acontece quando estamos dispostos a entregar a Deus tudo aquilo que gostaríamos de guardar para nós mesmos. Não são as coisas exteriores as que realmente importam, o que devemos entregar ao Senhor é o mais íntimo do nosso ser, aquilo que consideramos nossa vida particular, que não gostamos de expor a mais ninguém. O que está em jogo é o meu coração. Sobre meu coração, que eu gostaria de ver reservado só para mim, Deus coloca a Sua mão e diz: “Dá-me, filho meu (ou filha minha), o teu coração” (Pv 23.26).
Deus quer o meu coração, pois justamente nele Jesus deseja ser o único e absoluto Senhor e Mestre, e essa é ao mesmo tempo a condição imprescindível para que Ele realmente possa dar-me tudo em Jesus Cristo.
A festa do Natal deveria sempre recordar de maneira viva essa profunda verdade de que Jesus é o maior presente de Deus para nós, e essa festa também faz com que nos preocupemos a respeito de como procedemos em relação a tal presente. Você já aceitou essa dádiva com gratidão ardente e entregou a Ele o seu coração?

Fonte: Revista Chamada da Meia-Noite / Portal Padom

Deixe sua opinião