No dia da Bíblia, contentemo-nos com o Jesus bíblico

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Muitos estudiosos da atualidade estão em busca de um novo Jesus! Eles consideram as descrições dos Evangelhos insuficientes, e as palavras do próprio Senhor, dúbias e contraditórias. Estão à procura de um Jesus histórico, que agrade a comunidade acadêmica. E, com isso, acabam por “construir” o seu próprio Jesus, cheio de complexos, dúvidas, perturbado pela tentação de possuir mulheres. Esse, definitivamente, não é o Jesus bíblico!
O professor de religião Scot McKnight afirmou, na revista Cristianismo Hoje deste mês: “O teólogo alemão Martin Kähler convenceu sua geração que a fé em Jesus não poderia nem deveria estar baseada nas conclusões históricas sobre o que aconteceu ou não. Precisamos, então, nos perguntar: em qual Jesus devemos confiar? Será no dos evangelistas e apóstolos? Será no da Igreja — aquele dos credos? Ou no Jesus ortodoxo? Será na mais recente proposta de um historiador brilhante? Será em nosso próprio consenso baseado nas pesquisas modernas? Ou tudo deve ser somente balizado pela fé?”
McKnight menciona também o acadêmico estadunidense Dale Allison, especialista em Novo Testamento. De acordo com Allison, usamos nossos critérios para produzir o que quisermos: “Abri os meus olhos para o óbvio: criei um Jesus à minha própria imagem. Talvez tenhamos transformado a sua biografia em nossa própria autobiografia” — confessa.
Para muitos eruditos que não priorizam a Palavra de Deus, existe um Jesus judeu, um Jesus canônico, um Jesus ortodoxo… Mas os cristãos verdadeiros não devem crer mais na História, na arqueologia, na tradição, etc. do que nas próprias declarações do Senhor a seu respeito. Ele declarou-se Deus e viveu como Homem. E, como Deus-Homem, asseverou: “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.35), “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12), “Eu sou a porta” (Jo 10.9), “Eu sou o Bom Pastor” (Jo 10.11), “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11.25), “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6), “Eu sou a videira verdadeira” (Jo 15.1), “Eu sou o Alfa e o Ômega” (Ap 1.8).
O cristão que tem a Bíblia como a sua fonte de autoridade suprema, principal e superna aceita pela fé todas as declarações do Senhor Jesus, bem como acredita nas profecias messiânicas, nas descrições veterotestamentárias típicas e simbólicas acerca dEle e em todo o relato do Novo Testamento a seu respeito. Além disso, o cristão biblicocêntrico não despreza a História, a arqueologia e outras fontes secundárias, exceto quando elas depõem contra as inerrantes e infalíveis Escrituras. Afinal, em 1 Coríntios 4.6, ARA, lemos: “não ultrapasseis o que está escrito”.
Portanto, aproveitando que hoje é o dia da Bíblia, não cedamos à tentação de apreciar mais o Jesus histórico do que o Jesus bíblico. É a Ele que devemos adorar e seguir. Creiamos cada vez mais no Jesus Cristo Senhor e Salvador apresentado na Palavra de Deus, o Homem perfeito, justo, santo, obediente ao Pai em tudo, impecável, imaculado e incontaminado (1 Pe 1.18,19), incomparável, diferente de todos os homens que andaram na terra, o qual jamais deixou de ser Deus.

Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi / Portal Padom

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