Embora a área central e norte da Nigéria geralmente atrai mais atenção pelo conflito com Boko Haram, no sul do país também tem acontecido os ataques contra os cristãos nos últimos meses.
No total, 205 cristãos foram mortos em ataques de extremistas islâmicos durante os últimos seis meses, segundo fontes consultadas pela agencia Morning Christian News.
Ataques de pastores muçulmanos de etnia Fulani, entre maio e novembro deste ano, também causaram o deslocamento de cerca de 10.000 pessoas, segundo dizem os líderes cristãos da região.
Os atacantes pareciam ser mercenários de fora da área. Os moradores não sabem como os Fulani tem aceitado tanto armamento. Em alguns dos ataques, um porta-voz dos criadores de gado alegou o roubo como motivo para derramamento de sangue, mas muitas vezes a imprensa nigeriana afirma que as razões dos ataques eram desconhecidas.
Os líderes cristãos, no entanto, não tem dúvidas de que os assaltantes muçulmanos os atacam para desmoralizar e destruir os cristãos.
“Estes ataques contra os membros de nossas igrejas cristãs interromperam as atividades da igreja e os cristãos não podem adorar juntos em suas congregações“, diz o bispo David Bello da Diocese Anglicana do Otukpo.
Enquanto isso, o bispo católico Michael Apochi acrescentou que os ataques dos Fulani devastaram as comunidades cristãs.
“A vida tornou-se insuportável para os membros da igreja que sobreviveram a esses ataques”, disse Apochi.
Os dois líderes cristãos pediram ao governo nigeriano que tome medidas urgentes para deter os ataques provocados contra os cristãos em áreas rurais do Estado.
Em sete aldeias, em 09 de novembro homens armados mataram quase 30 cristãos. “Sete comunidades cristãs foram completamente devastada pelo ataque de muçulmanos Fulani”, disse o Sumo Audu, pastor da área. Cerca de 6.000 cristãos fugiram depois dos ataques.
Os cristãos acreditam que grupos extremistas islâmicos têm incitado cada vez mais muçulmanos Fulani para atacar em várias regiões do sul e centro da Nigéria. Eles suspeitam que os pastores Fulani, com o apoio de grupos extremistas islâmicos querem ocupar as áreas de maioria cristã, a fim de adquirir terras para pastagem.
Os cristãos representam 51,3 por cento da população da Nigéria (um total de 158,2 milhões), enquanto que os muçulmanos constituem 45 por cento.
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