“Nada pode nos separar do amor de Deus”, diz professor cristão antes de ser assassinado pela Al Qaeda

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A esposa do professor americano, Joel Shrum, que foi morto a tiros por terroristas no Lêmen em março, disse que seu marido “viveu a realidade de que todos somos criados á imagem de Deus e que nada pode nos separar do amor de Deus”.

“Estas verdades foram uma inspiração para tudo o que ele fazia”, disse Janelle Shrum em uma entrevista via email.
Sra. Shrum, disse que ainda não estava confortável falando diante das câmeras, mas concordou em responder perguntas por e-mail.

Seu marido, Joel Shrum, foi morto por dois homens em uma motocicleta, no dia 18 de março, quando ele ia trabalhar no Lêmen. Al Qaeda assumiu a autoria do assassinato, sendo que Joel era acusado pela organização terrorista de fazer proselitismo na nação árabe de maioria muçulmana.

Joel, 29 anos de idade, trabalhava como subdiretor do Centro de Formação para o Desenvolvimento Internacional, que é um instituto de formação profissional na Suécia, que fornece estudo de idiomas para os pobres no Lêmen em Taiz.

O professor Joel, havia se mudado para a cidade em 2009 com sua esposa e filhos: Janelle Valen (4 anos) e Liam (20 meses), que nasceu no Iêmen.

Motivados pelo amor
Taiz tem sido o centro da agitação durante o ano passado. Ainda assim, Janelle Shrum disse que eles compreendiam totalmente os riscos de viver ali, e que eles nunca se sentiram ameaçados.

Em um determinado momento, a família deixou o país durante três meses, mas retornou no final de junho. Quando a violência eclodiu novamente em Taiz, em dezembro, decidiram permanecer apesar das dificuldades.

“Nossa família sempre soube de que era um risco viver no Lêmen, e esta não era uma questão que tomamos de ânimo leve”, disse Janelle.

“Nosso bairro onde morávamos nunca esteve em perigo e certamente nunca nos sentimos no alvo”, continuou. “De alguma maneira, os moradores foram simplesmente encorajados pela nossa presença lá”.

Nas semanas que se seguiram ao ataque, a juventude em Taiz clamou por justiça pelo seu amado professor, marchando e segurando cartazes que diziam “Nós amamos você, Joel”.

“É importante lembrar, que foram os terroristas que cometeram esse crime horrível, e não os cidadão do Lêmen”, escreveu Janelle, respondendo as perguntas sobre a segurança dos que vivem ali. “Os estrangeiros são bem-vindos lá e são tratados com grande respeito”.

Em um artigo publicado pela revista World, Jessica Lloyd, o irmão de Joel, disse que seu irmão não ia ao Lêmen para fazer proselitismo, mas era simplesmente, “motivado pelo amor de Deus para ajudar as pessoas, na região apesar dos perigos”, disse Lloyd a revista World.

“Ele colocou em seu coração, que não teria medo do povo árabe, muitas vezes dizia que eles não são os assassinos que vemos nos noticiários”, disse Lloyd a revista World.

‘Um homem genuíno’
Janelle também falou abertamente sobre seu marido e pai de seus dois filhos. Ela disse que eles se conheceram na faculdade na aula de espanhol em 2001, acrescentando que, embora “Foi amor à primeira vista por ele… ele levou alguns meses antes que ganhasse o meu coração!”.

Ela o descreveu como sendo um homem muito educado, descontraído, ainda que ele “era muito apaixonado para viver seus valores”.

“Joel era um homem muito carinhoso, verdadeiro. Mas também havia um mistério sobre ele que era muito intrigante”, disse ela.

“Joel era um pai incrível para os nossos filhos, Valen e Liam”, escreveu ela. “Ele sempre cultivava o amor, muitos abraços, beijos e abraços, e ele sempre lhes disse quão orgulhoso se sentia deles.”

“Ele foi muito paciente e atencioso com os meninos, assim como muito sensíveis a suas necessidades emocionais”, disse ela.
Janelle disse que eles apreciam muito a companhia do outro.

“Talvez a nossa mais profunda conexão fosse o nosso amor mútuo por Deus”, disse ela. “Joel era um marido maravilhoso, dedicado e meu melhor amigo.”

Portal Padom 

Com informações CBN

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