Menina das agulhas está na Casa de Passagem em Natal

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Ainda continuam as investigações em segredo de Justiça do caso da menina que teve agulhas de costura retiradas do abdômen e da coxa direita, na última quarta-feira,15. Segundo o juiz em substituição da 1ª Vara da infância e da juventude Homero Lechner, por causa do recesso do judiciário, o caso poderá ser acompanhado e decidido por um dos quatro juízes de plantão. As investigações ainda estão sendo acompanhadas pelo Titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DCA) Luiz Lucena, que afirmou apenas que a menina passa bem e já se encontra na Casa de Passagem III, Zona Leste de Natal.

Decisões de como será o Natal dela, se ficará na cidade ou será levada para Fortaleza, se o delegado deverá quebrar o sigilo telefônico ou decretar a prisão de algum suspeito no caso, são algumas situações que deverão ser analisadas pelos juízes de plantão. “Até o recesso que terminará no próximo dia 10 de janeiro, os casoficará nas mãos desses juízes”, declara o juiz Homero Lechner. Para ele, as informações que saíram na imprensa até agora, não foram contraditórias. “Temos que ter cuidado apenas para que as informações não atrapalhem investigações. Temos que respeitar a liberdade de imprensa”.

Em relação ao exame que poderá comprovar a verdadeira idade da garota, ainda não foi divulgado pelo delegado Lucena, se ela já fez o procedimento ou mesmo se já saiu algum resultado. Em contato com a Casa de Passagem III, apenas foi declarado que o processo está em segredo de justiça.

A adolescente fugiu de Fortaleza na última sexta-feira, 10, para Natal e se diz vítima de rituais de magia negra e abuso sexual por parentes. Foram retirados 13 fragmentos de agulhas de costura do corpo da garota. A cirurgia foi realizada no Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal, dia 15. Após ter fugido de carona da cidade de Fortaleza para Mossoró, de lá ela juntou dinheiro e veio para Natal. “Ela chegou aqui na cidade, sem documentos, alegando ter apenas 13 anos”, disse a Diretora do HMAF, Lana Brasil, em coletiva de impresa dia 16.

De acordo com a promotora da Infância e Juventude do Ministério Público do Ceará, Fátima Valente, na quinta-feira, 9, a jovem teria procurado assistência jurídica em Fortaleza. A menina estava acompanhada de um casal evangélico, disposto a ajudá-la. “Ela chegou aqui afirmando ter 15 anos. Comentava que havia sido abusada pelos pais” afirma a promotora que acompanha o caso.

DN Online / Portal Padom

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