Meio século de luta pela saúde no Hospital Evangélico

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O Hospital Universitário Evangélico de Curitiba completou ontem seu cinquentenário. No ano de 1959, a instituição foi criada sob iniciativa da Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), com 38 leitos. Hoje, possui 660 e é considerado de referência nacional e até internacional em diversas especialidades. “Entrei no Evangélico em 1969, quando foi criada a Faculdade Evangélica de Curitiba, da qual fiz parte da primeira turma. O hospital teve uma evolução fantástica nos últimos anos. É um grande parceiro do SUS (Sistema Único de Saúde) no Paraná”, comenta o diretor geral do Evangélico, Constantino Miguel Neto, que assumiu a função pela primeira vez entre os anos de 1992 e 2001 e retornou em 2006.
O hospital se tornou universitário na década de noventa, atualmente se dedicando tanto à assistência quanto ao ensino e pesquisa. Hoje, realiza cerca de um milhão de atendimentos anuais, sendo 85% pelo SUS. Dispõe de 45 mil metros quadrados e sessenta leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Geral, UTI cirúrgica, UTI coronariana e UTI neonatal, além de 22 salas cirúrgicas. No quadro de trabalhadores, estão 450 médicos e 3,5 mil funcionários, que realizam, diariamente, 110 cirurgias, trinta partos, cem internamentos e 3.800 exames.
O pronto socorro, que está passando por reforma, atende em média 50% das urgências e emergências de Curitiba e região metropolitana. São cerca de 350 atendimentos diários, nas áreas clínica, cirúrgica, trauma, infantil e queimados. “Atualmente, o pronto socorro tem 400 metros quadrados de área construída. Com a reforma, que deve ser concluída em 2010, passará a ter 2 mil metros quadrados”, diz Contantino. “Em breve, o hospital também deve ganhar noventa novos leitos para atendimento de casos de alta complexidade. Isto será possível graças à conclusão da construção de um novo prédio, com recursos do Ministério da Saúde. Para colocá-lo em funcionamento, estamos aguardando apenas o mobiliário”.
Nos últimos dez anos, o Evangélico realizou cerca de 1,2 mil transplantes renais. O local também é referência no atendimento de queimados (são cerca de 20 mil atendimentos anuais), mantendo um banco de peles. “Até pouco tempo atrás, o hospital era o único do Paraná a realizar atendimento de queimados. Hoje, isso também acontece em Londrina (na região Norte). Quanto ao banco de peles, no Brasil ele só existe em Curitiba e em Porto Alegre (RS), sendo fundamental para abreviar o tratamento dos pacientes”.
A instituição também conta com serviço de voluntariado (existente há 20 anos), capelania, assistência social e atendimento psicológico 24 horas para pacientes e familiares.
Paranaonline/padom

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