Lula é condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no sítio de Atibaia

Lula é novamente condenado, desta vez por lavagem e corrupção envolvendo o sítio em Atibaia. Ele acaba de ser condenado a mais 12 anos e 11 meses de prisão pela juíza Gabriela Hardt, substitua de Sergio Moro

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi condenado nesta quarta-feira (6), pela juíza Gabriela Hardt, da Justiça Federal de Curitiba, a 12 anos e 11 meses de prisão no processo da Operação Lava Jato sobre obras realizadas por empreiteiras em um sítio de Atibaia (SP).

Lula está sendo punido pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Leia a íntegra da decisão.

A juíza Hardt, assumiu interinamente todas as funções do juiz Sergio Moro, após ele assumir o cargo no Ministério da Justiça e Segurança, do governo de Jair Bolsonaro. No entanto, o substituto oficial do juiz, após abertura de concurso, deve ser anunciado nesta sexta (8).

Desta vez, a condenação de Lula ocorreu em primeira instancia, por isso ele poderá recorrer a sentença. No processo, o ex-presidente insistiu na tese de que é alvo de uma perseguição política e negou ser dono do sítio. Sua defesa também afirmou que não há provas de que as reformas na propriedade tenham ligação com o esquema de corrupção das empreiteiras com as Petrobras.

Segundo a defesa do ex-presidente, a propriedade pertence ao empresário Fernando Bittar, cuja família é amiga da de Lula há décadas, e era frequentada pelo ex-presidente e seus parentes.

A ACUSAÇÃO

Para o Ministério Público Federal, (MPF), Lula foi um dos beneficiários dos recursos desviados da estatal. No caso do sítio, ele teria recebido propina por meio das reformas na propriedade pagas pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Schahin (esta última tendo como intermediário o pecuarista José Carlos Bumlai). A vantagem indevida somaria R$ 1,02 milhão.

A Schahin iniciou as obras no sítio em 2010 e gastou R$ 150.500. Depois, a Odebrecht e a OAS assumiram os trabalhos. A primeira gastou R$ 700.000 e a segunda, R$ 170.000. Ex-funcionários das duas empresas afirmaram que as reformas tinham Lula como beneficiário.

O MPF também diz que Lula comandou o esquema de corrupção na Petrobras, com a nomeação de diretores que atuaram para beneficiar ilegalmente Odebrecht e OAS em contratos com a estatal.

Em seu interrogatório, o ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, declarou que a empresa realizou reformas no sítio em benefício de Lula, mas negou que as obras tivessem relação com o esquema de corrupção na Petrobras.

Prisão de Lula

O ex-presidente já cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão no caso triplex, em ‘sala especial’, na sede da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, desde 7 abril de 2018, por ordem do então juiz federal Sérgio Moro.

Lula foi sentenciado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo suposta propina de R$ 2,2 milhões da OAS referente às reformas do imóvel.

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