Lançado às Trevas | Rev David Wilkerson

553

“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva…Olharão para a terra, e eis aí a angústia, escuridão e sombras de ansiedade, e serão lançados para densas trevas” (Isaías 8:20,22).

lançado-trevasA noite passada assisti a um festival de música cristã. Nunca vou esquecer o que vi, e posso verdadeiramente dizer que foi uma experiência de partir o coração. Desde que saí do concerto chorei durante horas, gemendo no espírito, sentindo a ira de um Deus santo contra o que vi.

Fui ao festival porque o “astro” que se apresentou ontem à noite tinha estado no meu escritório poucas horas antes, chorando, me dizendo o quanto amava Jesus, o quanto era sincero, o quanto queria aprender mais sobre santidade. Disse que minha mensagens escritas o convenciam. As palavras dele soavam certas – sua atitude parecia humilde. Atendendo um pedido seu fui assisti-lo e ao seu grupo, pois assegurou que eu não me sentiria constrangido.

O meu coração está tão determinado agora a atender às gigantescas necessidades humanas de Nova York, e a minha preocupação maior no momento tem a ver com a salvação das últimas almas em relação às drogas, álcool e possessão demoníaca. Eu não queria mais me envolver com o assunto de rock and roll, heavy metal, e música punk na igreja. Eu achava que já havia falado o suficiente sobre o assunto, e disse isso ao músico quando se sentou comigo no escritório. Nós oramos juntos, e o abraçei quando se despediu.

Ontem fui assistir o show com o coração aberto, cheio de amor e misericórida – por ele, pelos músicos cristãos, e especialmente pelos 3.000 jovens que assistiam o festival. Assisti a apresentação de duas músicas devocionais, e a seguir prestei atenção enquanto o músico testificava sobre o quê Cristo havia feito em sua vida. Pastor nenhum em lugar nenhum poderia ter falado com mais convicção e sinceridade – as palavras estavam certas. Ele falou da separação, da obediência a Jesus, de se ganhar almas, da oração, do santo matrimônio (ele era casado), de se viver uma vida santa. Orei enquanto ele falava: “Ó Senhor, eu julguei mal este músico, e seu grupo de hard rock. Talvez Tu estejas fazendo algo novo usando a música que os profanos gostam, para ganhá-los – para chamar sua atenção, para atraí-los e serem ministrados. Deus, quero me alegrar ao ouvir a Tua pregação, da maneira que for, através de qualquer grupo – se Estás presente, se Teu Santo Espírito está abençoando”.

Eu estava honestamente questionando se meus escritos sobre a música de demônios na casa de Deus era só preconceito antiguado, ou simplesmente o fato de eu não gostar de rock. Era justo fazer uma tempestade em copo d’água por nada?

Porém algo não estava bem. Havia uma luta íntima em meu peito. Eu raciocinei: “Se Satanás está camuflado de algum jeito nisso, se houver o fermento do mal – será revelado. Satanás sempre se revela, de um jeito ou do outro”.

De repente o cantor gritou no microfone: “Jesus está voltando – Ele vai explodir os céus – Prepare-se!”. A música se chamava “Rompendo os Céus”. De repente começou a sair fumaça dos aparelhos, o som ritmado mudou para um guincho alucinante, luzes estranhas começaram a piscar, e os músicos ficaram como fantasmas subindo de um pântano escuro. Era esquisito, estranho, bizarro – e a multidão ficou maluca – parecia que eles gostavam disso. (No mesmo festival um grupo violento de cabelos espetados tinha se apresentado – com o rosto pintado, movendo-se como pavões homossexuais.)

A princípio, eu não acreditava no quê estava vendo no palco. Falei alto: “Isso não pode estar acontecendo num festival cristão – vocês não podem fazer isso com o meu Jesus! Não é possível que estas pessoas estejam tão cegas; os líderes deste ministério de jovens não podem ser tão sem discernimento! Ó Deus – o que aconteceu com Tua igreja que seus líderes, seus membros, não conseguem ver o mal desta abominação?”.

Subitamente eu estava sobre o chão, chorando, soluçando, e gemendo no Espírito. Eu me sentei e dei outra olhada no palco. Fiquei horrorizado com o quê vi no Espírito. Vi imagens demoníacas subindo do palco! Ouvi Satanás rindo! Rindo dos pais cegos, dos pastores cegos, dos jovens cegos, da igreja apóstata! Foi uma manifestação visível de Satanás – pior do que tudo que eu já tenha visto nas ruas de Nova York.

Fiquei de pé, literalmente tremendo com o temor de Deus – consumido por um senso de Sua ira santa contra tanto mal. Corri para a multidão gritando com o máximo da minha voz – “Ichabod!” (ou seja, “a glória do Senhor se afastou!”), “Ichabod!”. Corri pela multidão empurrando as cadeiras, chorando, berrando ao máximo “Ichabod – isso é satânico! Parem! Deus está sofrendo!”. Fui totalmente ignorado, e acho que a maioria das pessoas achou que eu era um fanático maluco. Duvido que alguém me conhecesse – os músicos não podiam me ouvir, e a multidão era muito grande para me deixar chegar perto do palco. Eu queria pegar um microfone e gritar como um Elias: “Isso é vômito na mesa do Senhor! Onde estão vocês responsáveis, para serem tão cegos, tão mundanos, tão enganados? Que blasfêmia é essa?”

Não vou silenciar nesse assunto! Não vou me calar enquanto multidões dentre nossos jovens cristãos estão sendo enganados por lobos em pele de cordeiro, e com conversinha melosa! Amor de verdade exige verdade sendo dita.

O quê mais feriu meu espírito, e que é difícil para eu entender, é que esse grupo participante, e muitos outros, freqüentam igrejas pentecostais. O músico a que me refiro me disse que abandonou as drogas, bebidas, sexo ilícito e apresentação de rock and roll quando foi salvo. Cortou o cabelo comprido feminino, parou de se vestir como exibicionista, e começou a mudar todos seus caminhos. Foi um pastor que o encorajou a “parar com esse jeito quadrado, e usar o rock and roll para alcançar os garotos”. Um mestre, na faixa dos sessenta, às vezes viaja com eles, ensinando e os encorajando nos métodos maus. Segundo esse mestre, o rock and roll será “a música normal em todas as igrejas pentecostais e evangélicas”.

Estou no meio da noite, e não consigo dormir! Não consigo parar de chorar por dentro. Estou ligado a Deus em meu escritório, pedindo diligentemente que Ele me mostre o quê está acontecendo, pois há algumas horas vi algums milhares de jovens cristãos, de mãos levantadas, achando que era Jesus, quando era seguramente o diabo. Será que a igreja – ou aquilo que o homem chama igreja – se desviou tanto, que não há mais nenhum tipo de discernimento? Será que Deus desistiu de alguns que resolveram trazer práticas diabólicas para o âmbito da adoração?

Agora me pergunto: “Quem ousa ensinar um Jesus como esse – um Jesus que faz que não vê, que faz vistas grossas ao erro e ao engano? Estão aprendendo a Jesus Cristo de uma maneira tão grosseiramente errônea! Quê Jesus estão pregando?”

“Mas Não Foi Assim Que Aprendestes a Cristo” (Efésios 4:20).

É isso que Paulo disse na carta aos efésios. Ele estava advertindo a não andarem como alguns “na vaidade (orgulho) dos seus próprios pensamentos” (Efésios 4:17). Ele previne sobre os que aprenderam a Cristo de maneira pervertida, porque o entendimento deles era de trevas, obscurecido. Foram “separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração” (Efésios 4:18).

Algum mestre, algum pastor, ensinou Jesus Cristo erroneamente a eles. O Cristo que aprenderam não era o Cristo de Deus, o Senhor da santidade, o mestre da pureza. Enquanto falam docemente sobre Jesus, choram ao mencionar Esse nome, e referem a fome de andar nos caminhos de Cristo, Paulo diz o seguinte sobre eles: “os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução (lascívia) para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza” (Efésios 4:19).

É isso que eu vi a noite passada no festival de música: um grupo de músicos pintados e fazendo um som, levando muitos jovens direto para os braços de Satanás com suas palavras suaves sobre Jesus, sobre a celebração do perdão – e aí na energia da carne, e numa voracidade difícil de a gente entender direito – selando sua aprovação a um rito pagão vindo dos cofres do diabo. Eles estavam declarando, com a música e com sua performance mundana e horripilante – que Jesus e o lixo deste mundo são compatíveis. Eles usavam duas máscaras: uma de seguidores sinceros de Cristo, e outra de palhaços. Com os rostos elevados a Deus, eles O amaldiçoavam com sua zombaria blasfema. Isaías profetiza sobre eles: “…amaldiçoarão ao seu rei e ao seu Deus, olhando para cima” (Isaías 8:21). O quê eles pregam e o quê praticam, são dois evangelhos diferentes.

Eles estão sendo enganados, e conseqüentemente são eles mesmos enganadores. Eles aprenderam Cristo errado! Foram ludibriados, manipulados e enganados! Eles deveriam ter tido um pastor ou um mestre com suficiente discernimento do Espírito Santo, com suficiente consagração ao verdadeiro e santo Senhor – para preveni-los, para lhes mostrar que Deus não compactua com a atitude de se agarrar ao velho homem, e aos antigos caminhos carnais. Por que seus pastores não discerniram que esses garotos estavam andando em ignorância e em cegueira espiritual, sem entender os verdadeiros reclamos de Cristo? Por que ninguém foi tratar dessa avidez – não tanto por dinheiro e fama, mas da avidez que não se descolava da mesma idéia que no passado os levou às drogas e ao vazio?

Está tudo aparecendo agora – que estes grupos estão caindo para todos os lados, voltando ao público secular, voltando para a cocaína, voltando para a turma de antes – fazendo o papel de hipócritas e de falsos evangelhos. Seus pastores são tão facilmente enganados, por serem cegos de todas as maneiras. Paulo disse certo: “Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha” (Efésios 5:12). A própria música que eles tocam os lança de volta às trevas.

Agora – é provavelmente tarde demais! Eles rejeitaram a reprovação dos profetas e vigias que realmente pregam a verdade! São como aqueles sobre os quais Paulo previne, que se perderam tanto na ignorância e na cegueira espiritual, que se tornaram insensíveis. Estão confirmados em seus caminhos do mundo! Estão tão cegos, que crêem estar honrando a Cristo e abençoando multidões de jovens que a igreja “não consegue” alcançar.

Pastores Flexíveis Com o Pecado Estão Levando Essa Geração às Trevas

“…e serão lançados para densas trevas” (Isaías 8:22).

Culpo o papo suave, os pastores flexíveis com o pecado. Estes mesmos pastores irão um dia estar diante do tribunal de Cristo e responderão – não só pelos músicos sob seus cuidados, mas por todos os jovens cristãos que por sua vez esses feriram e destruíram. Sem hesitar, declaro que os ministros acovardados, os que desejam ser amados e honrados em vez de rejeitados por pregarem a verdade, estão levando essa geração à densas trevas.

Não estaríamos enfrentando uma geração jovem desviada, obcecada pelo prazer, cheia da mentalidade do mundo em nossas igrejas, jovens que nem conhecem os mandamentos de um Cristo santo – se tivéssemos pastores e evangelistas mais santos e ousados, que ensinassem e pregassem a verdade de Cristo com pureza e autoridade.

Não estou acusando todos os pregadores e mestres – graças a Deus pelos poucos que ainda não se acovardam diante da multidão, nem fazem concessões visando números e sucesso. Talvez os jovens não ouvirão aqueles de nós que gritam contra seu desejo pelo mundo – mas quando os julgamentos estiverem chegando – eles se voltarão para os pregadores de santidade, em busca de uma palavra segura de Deus.

Há imundície em Sião, e estranhos foram exaltados na casa de Deus – por líderes cristãos cegos, sem discernimento, que fazem concessões. Eles chamam o mal de bem, e o conselho de um Deus justo não se leva em conta. Corações estão se endurecendo, ouvidos estão se cerrando, olhos estão sendo fechados – porque o orgulho, a carne, e entretenimento pagão estão entristecendo o Espírito Santo, tirando-O do Seu templo.

Isaías preveniu: “…assim será a sua raiz como podridão…porquanto rejeitaram a lei do Senhor dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel. Por isso, se acende a ira do Senhor contra o seu povo…” (Isaías 5: 24,25).

O inferno deve ficar em êxtase diante do espetáculo de ministros não apenas abdicando em favor dos padrões imorais de música dos jovem – mas na verdade promovendo o quê só demônios deveriam estar promovendo. Quem traz esses grupos, que se inclinam para o mundo, à igreja para concertos? Quem encoraja os jovens a abraçar a música de demônios? Quem ridiculariza evangelistas e profetas e vigias que bradam contra ela? Quem a coloca no rádio, na TV, e quem promove os concertos e festivais que agora estão degenerando em exibições satânicas? São os pastores, os ministros de jovens, os proprietários das rádios e TV cristãos, e os empresários. Todos eles viverão para ver a perversa colheita desse evangelho light e de concessões – quando seus próprios filhos se deixarem levar pelo espírito deste século.

O Dicionário de Webster define incontinência como “abandono da adoração a Deus, pela adoração da idolatria”. Um incontinente é aquele que a proporciona ou promove. Todo líder espiritual que proporciona ou promove esse abandono idólatra da real adoração, é verdadeiramente um incontinente. E Paulo declara enfaticamente: “Nenhum incontinente (fornicário), ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus” (Efésios 5:5).

Jovem – não ouça os incontinentes; ouça, antes, o apóstolo Paulo que previne: “Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas cousas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais participantes com eles” (Efésios 5:6,7).

Reprovai-as!

“E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef. 5:11).

Toda obra espiritual que esteja minimamente maculada com trevas, Deus chama de obra infrutífera! Isso refuta a grande mentira diabólica que está sendo promovida pelos divulgadores da música da “nova era”, que argumentam: “Isso não pode ser do diabo. Veja quantos garotos sendo salvos! Ouça seus testemunhos maravilhosos. Eles realmente alcançam a juventude – muitos estão se salvando. Eles falam de um jeito que os garotos entendem – eles glorificam Cristo em seu discurso”.

Deus nunca julgou uma obra pelos resultados: ninguém tem mais sucesso em fazer convertidos que os muçulmanos; nenhuma igreja é mais rica que o Vaticano; os Testemunhas de Jeová declaram estar ganhando multidões para Deus.

Deus julga tudo pela luz! Ou seja, julga o quanto algo é piedoso, o quanto é exatamente como Cristo; julga segundo quão transparente, quão puro, quão limpo é. Ele repudia e vomita de Sua boca tudo que tenha mesmo uma única parte escura. João viu a Cidade Santa descendo de Deus, tendo a glória de Deus. Era um povo santo, a noiva adornada e preparada para o Noivo. Sua principal característica é essa: “e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente” (Apoc. 21:11).

Tudo que é de Deus é como cristal resplandecente! É santidade tão pura – transparente como uma pedra de jaspe imaculada. Os que estão dentre este Sião santo, essa Nova Jerusalém que desce de Deus – todos eles entraram na luz. Inexistem quaisquer trevas neles – eles foram traduzidos em Sua luz! Eles andam na luz – odeiam as trevas. Eles a reprovam onde quer que estas apareçam.

O inimigo ingressou nos círculos religiosos para destruir o quê é puro e cristalino, introduzindo um elemento pagão que cria uma sombra, uma fina película. Se Satanás consegue injetar a mínima quantidade de erro, de fermento do mal, ele sabe que o Espírito Santo se afastará pesaroso. É por isso que nenhuma miscigenação, ou mistura – nenhuma sombra de paganismo das trevas pode ser permitida na igreja de Cristo.

Além disso, a Bíblia fala de toda semente produzindo segundo a sua espécie (Gênesis 1:12). Uma má semente produz mal fruto, muitas vezes não reconhecido senão na maturidade. Os “profetas” do rock and roll dessa geração estão produzindo semente segundo a sua espécie – uma semente que um dia produzirá fruto que secará e morrerá. Judas deixa isso muito claro: “…a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas” (Judas 12).

E o que dizer dos testemunhos que soam tão bem, e daqueles sermões sinceros e convincentes? Paulo tem a resposta: “Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes. Desviai-vos deles.” (Rom. 16:17-18).

Oh! o quanto o povo de Deus precisa de discernimento! Muitos enganos abundam por todo lado, não apenas em relação à música do rock and roll dos jovens, mas também quanto à novas formas de adoração e de louvor que estão sendo promovidas. Parte disso é nascida do Espírito Santo, mas muito é nascido da carne – e só aqueles que andam na luz sabem a diferença.

Há no mundo atualmente um reavivamento da adoração e do louvor, e muito tem se focalizado a oração, a intercessão e nova revelação. Não se discute o fato de existir mais e mais cristãos que ficam uma ou duas horas, em grandes grupos, cantando e louvando alto. Há riso, alegria, bater de palmas, mãos levantadas, dança; nunca nos tempos modernos houve tamanho brado na seara.

Graças a Deus por aqueles na seara que adoram em Espírito e em verdade – que levantam mãos limpas e possuem corações puros; que chegam diante de Sua santidade com o coração quebrantado e de espírito contrito. Se estiverem andando em santidade, tremendo diante da palavra de Deus, arrependidos e livres da escravidão ao pecado – trata-se então de gloriosa e aceitável oferta ao Senhor. Deus habita os louvores do Seu povo – mas só se esse povo estiver andando na prática de retidão.

Mas Há um Grito Vazio e Sem Sentido!

Mas há o grito do vencedor, e o grito do idólatra – e é melhor que saibamos a diferença. O Senhor mandou Moisés: “Vai, desce, porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se corrompeu. Depressa se desviou do caminho que eu lhes ordenei, e fizeram para si um bezerro de fundição. Perante ele se inclinaram” (Êxodo 32: 7,8).

Quando Moisés e Josué se aproximaram do acampamento de Israel, Josué ouviu “a voz do povo que jubilava…” (v. 17). Mas não era o grito de vitoriosos contra o inimigo. Moisés, fiel pastor, tendo vindo renovado da presença da santidade do próprio Deus – facilmente pode discernir que o grande alarido do povo escolhido não era puro. Havia algo de horrível – não soava como santidade de Deus.

Moisés diz: “Não é alarido dos vitoriosos, nem alarido dos vencidos, mas é a voz dos que cantam que eu ouço” (Êxodo 32:18).

Era apenas barulho sem sentido e vazio – contudo, uma abominação aos ouvidos do Deus santo. Eles não tinham direito de cantar; seus corações cortejavam um ídolo; estavam entregues ao prazer e à diversão – se apresentavam ao bezerro de ouro, e em nome do Senhor ofereciam ofertas em sacrifício. O povo “assentou-se para comer e beber, e levantou-se para folgar” (32:6).

Recebo muitas cartas de cristãos que eu sei têm passado pela escola de Cristo. Têm enfrentado muito sofrimento e lutas espirituais, até chegarem à uma posição em Deus em que nada mais importa, senão conhecê-Lo na plenitude. Ficaram profundamente famintos por Deus, chegando a ter sede de Cristo “como o cervo anseia pelas correntes das águas”.

Eles me contam o quanto sentem-se deslocados nesses grandes ajuntamentos onde o grito no arraial se desenvolve. Tudo parece bom, e soa bem na superfície. Mas não dá para eles entrarem, porque discernem que algo, na base, não está certo. Eles não conseguem explicar o quê – o Espírito de Deus dentro deles não deixa que participem. Discernem uma espécie de trevas indizíveis – algo sutil, porém nefasto, vinculado à carnalidade acompanhante do canto, do grito, da dança. Fica algo quase profissional demais, digamos assim, muito carnal. Eles vão embora, e ficam pensando: “O problema é comigo – o que está errado comigo? Será que estou sendo muito crítico? Por que não me sinto bem no meio de todos esses cânticos e danças?”

Os que entram na luz facilmente podem discernir a sombra das trevas. Não serão enganados pela falsidade dos gritos, das danças, da adoração ou da oração.

Os verdadeiros santos de Sião se rejubilam em tremor! (v. Salmo 2:11). Eles sabem que a alegria pertence só aos “retos de coração” (Salmo 97:11). Eles cantam e dançam quando o Espírito os move, mas com Davi podem dizer: “Sião ouve e se alegra, as filhas de Judá se regozijam, por causa da tua justiça, ó Senhor” (97:8). Santos de Sião, “alegrai-vos no Senhor, ó justos, e dai louvores ao seu santo nome” (97:12).

Nada de punk, rock, de grito e louvores falsos para os que andam na luz. Estes O louvam tanto pela Sua bondade, quanto por tremerem diante do Seu grande e terrível nome.

“Tremam os povos…O Senhor é grande em Sião e sobremodo elevado acima de todos os povos…Celebrem eles o teu nome grande e tremendo (temível), porque é santo” (Salmo 99:1-3).

por: Rev. David Wilkerson

Portal Padom

Deixe sua opinião