Lá se vai Ronaldo

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Lá se vai Ronaldo, o Fenômeno do futebol brasileiro. Lá se vai pouco depois de uma derrota do seu time. Lá se vai porque não dá mais espetáculo. A sociedade é implacavelmente furiosa contra quem não lhe dá os resultados esperados.
Lá se vai Ronaldo, o nosso artilheiro das Copas, porque agora a imaginação do seu drible não desce mais até suas pernas. A mente pode querer, mas o corpo não deseja. E no esporte, o corpo é soberano.
Lá se vai Ronaldo, esse que sabe como são efêmeras as glórias. Quem aplaude é quem vaia. Quem chama é quem despede. O resto é ilusão.
La se vai Ronaldo, certo que, não podendo fazer o que sempre fez, pode fazer o que ainda não fez.
Como Ronaldo, quantas vezes somos expulsos do circo, porque não domamos mais um leão por dia.
Como Ronaldo, precisamos saber que há tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de dançar e tempo de chorar, tempo de abraçar e tempo de se conter. Só permanece para sempre o que Deus faz. (Bíblia — Eclesiastes 3)
Como Ronaldo, precisamos saber que nossa vida não acaba quando acaba aquilo que sabemos fazer. Podemos começar de novo, quando a bola fica para trás.
Se precisamos começar de novo, devemos começar de novo.
Alcançamos alguns alvos, mas outros ainda são possíveis.

por: ISRAEL BELO DE AZEVEDO

Prazer da Palavra / Portal Padom

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