Justiça dos EUA libera acesso a ações contra padres

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A Suprema Corte dos Estados Unidos recusou-se a bloquear o acesso a vários documentos em ações contra padres da Igreja Católica de Connecticut, que são acusados de abuso sexual. Agora, os casos não estão mais sob segredo de Justiça. O pedido de bloqueio foi ajuizado em recurso da Diocese da cidade de Bridgeport, também no estado de Connecticut. Uma dúzia de jornais de todos os EUA estavam buscando juridicamente o acesso a 12 mil páginas em 23 ações de abuso sexual movidas contra seis padres.
Os casos estavam sob sigilo desde que a Diocese de Bridgeport fez acordos de milhões de dólares, em 2001, para encerrar as ações movidas pelas vítimas.
Os EUA detêm o recorde mundial de milhões desembolsados pelo clero para encerrar ações por abuso sexual. No ano passado, 150 pessoas ajuizaram ações de abuso sexual contra a Diocese de Spokane, em Seattle. A Diocese era freqüentada por 90 mil fiéis. As ações civis ajuizadas contra ela chegavam a US$ 92,3 milhões.
Também no ano passado, a Arquidiocese de Portland, em Oregon, ajuizou plano de reestruturação. Ela se comprometeu a pagar US$ 75 milhões para evitar condenações em 170 processos civis por abuso sexual. A Arquidiocese de Los Angeles também aceitou desembolsar US$ 60 milhões para 45 pessoas.
Outros casos famosos são o da Diocese do Condado de Orange, Califórnia, que pagou US$ 100 milhões a 87 pessoas, em 2005. E houve, ainda, o pagamento de US$ 85 milhões, em 2003, a 552 pessoas, pela arquidiocese de Boston.
Nos EUA também surgiu a primeira ONG do mundo devotada a dar assistência jurídica aos abusados sexualmente por padres. A ONG se chama Survivors Network of Those Abused by Priests

Fonte: Consultor Jurídico / Padom

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