Jornais da Bulgária destacam eleição de descendente no Brasil

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Os principais jornais búlgaros destacaram a vitória de Dilma Rousseff, filha de um imigrante búlgaro, no segundo turno da eleição presidencial, neste domingo.

“A filha de um imigrante da Bulgária vai assumir o lugar de seu mentor no Partido dos Trabalhadores, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro de 2011, e se tornar a primeira mulher presidente do país”, diz a reportagem do diário Dnevnik.

O jornal 24 Tchasa também destaca que o “Brasil já tem a primeira mulher presidente” e observa que em seu primeiro discurso após o anúncio dos resultados, Dilma afirmou que seu governo vai erradicar a pobreza no país nos próximos quatro anos.

O diário relata ainda que a presidente eleita é filha de um advogado comunista búlgaro que “fugiu da perseguição em seu próprio país”.

O jornal econômico Pari trazia a notícia da eleição da “candidata de origem búlgara” Dilma como a principal de seu site na manhã desta segunda-feira.

O diário observa que Dilma recebeu “forte apoio” de Lula, que tem mais de 80% da aprovação dos eleitores, mas que ele não podia se candidatar a um terceiro mandato consecutivo. “Especula-se que nas próximas eleições, em 2014, seu nome aparecerá novamente nas cédulas”, afirma o jornal.

Comentários de leitores

As raízes búlgaras de Dilma Rousseff também são alvo de discussão entre os leitores do diário Dvevnik em sua área de comentários, que na manhã desta segunda-feira já contava com 76 entradas.

“A Bulgária começou a se comportar com a eleição de Dilma Rousseff como a tribo queniana de onde saiu o pai de Obama”, diz um comentário postado na manhã desta segunda-feira.

Outro leitor diz não ver “nada de búlgaro nela”. “A educação, as perspectivas e a aparência são brasileiras”, observa o leitor.

Outro comentário questiona ainda o destaque na imprensa local para o fato de Dilma ser filha de búlgaro, observando que a maioria das pessoas no Brasil são resultado de “uma mistura de nacionalidades e raças” e que se vêem primoridalmente como brasileiros, apesar de “levarem genes alemães, letões, indígenas ou negros”.

BBC Brasil / Portal Padom

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