Na noite da última sexta-feira, 27, o cantor e ativista gay Johnny Hooker causou polêmica durante sua apresentação no Festival de Inverno de Garanhuns 2018, ao gritar freneticamente que o Salvador do Mundo, Jesus Cristo é um ‘travesti’.
Na semana anterior, a cantora também apoiadora do movimento LGBT Daniela Mercury, usou o mesmo evento para fazer o seu protesto contra a proibição da peça “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, que retrata a figura de Jesus como uma travesti.
Johnny com o intuito de inflamar a multidão contra o movimento religioso que tentou barrar a peça, chamando-os de fundamentalistas, dizendo que eles “não passarão”. O cantor puxou um coro com o público, gritando “Jesus é travesti”, o que gerou indignação em parte do público, que o vaiou.
Sem nenhum pudor e respeito para com os presentes, Johnny proferiu alguns palavrões, e critica a ala política que vaiava e assistia ao show nos camarotes: “Deve ter muito whisky aí nesses camarotes pagos com o dinheiro público.”, disparou. Assista ao protesto do cantor no vídeo abaixo:
Mais tarde o prefeito de Garanhuns (PE), Izaías Régis (PTB), divulgou uma nota oficial, dizendo que repudia os protestos feitos por Johnny Hooker e Daniela Mercury, dizendo que tais atos dos cantores só merecia desprezo.
“Ontem, testemunhamos, perplexos, manifestações nocivas do cantor Johnny Hooker que proferiu palavrões, insultos e provocações contra símbolos religiosos. Reconhecemos que não se trata de um acontecimento isolado, infelizmente, durante a mesma semana, tivemos Daniela Mercury com o mesmo discurso de senso comum, simplista e arrogante. Cantores – pagos com dinheiro público – que se preocupam mais em ofender pessoas e a religião alheia do que com sua música (que é o que realmente importa), não merecem respeito e tão pouco admiração, mas desprezo.”, diz a nota.
A justiça de Pernambuco determinou dias atrás que a peça “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” retornasse imediatamente à grade de programação do Festival de Inverno de Garanhuns, e estipulou multa diária de 50 mil reais em caso de descumprimento. A decisão diz ainda que nem a prefeitura nem nenhum outro órgão poderiam criar barreiras que dificultassem o cumprimento da ordem judicial, pois o juiz entendeu que se tratou de um caso claro de censura, vedada pela Constituição Federal de 88.
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