Jesus, Judas e Lula

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Na semana que passou uma afirmação do Presidente Lula provocou um grande mal estar em suas relações institucionais com o Congresso Nacional e com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil- CNBB.
De acordo com o presidente da República “até Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão se fosse governante no Brasil”.
Não fosse a reação da Cúria Romana e dos adversários políticos, a declaração do Presidente teria se dissipado como folhas ao vento. Sim, porque se depender de uma reação evangélica às heresias contemporâneas estamos perdidos. Mas se levarmos em consideração os absurdos que têm sido feitos em nome de Deus e de uma visão, em boa parte dos templos evangélicos brasileiros, a declaração do Presidente Lula ganha o status de tese teológica.
No Estadão, jornal paulista, o antropólogo Roberto DaMatta, classificou com admirável o realismo de Lula, que, segundo ele, parece não ter inconsciente.
Embora todos saibamos que nunca passou pela mente do Presidente começar uma discussão teológica, e que esta foi mais uma das suas inadequadas e inadvertidas declarações, fato é que colocar Jesus em conluio com Judas Iscariotes torna claro para nós TRÊS COISAS:

1ª) LULA NÃO CONHECE JESUS.

Se O conhecesse, jamais admitiria uni-lo a Judas.
Se O conhecesse, o honraria como Mestre e Senhor e não usaria seu nome em vão para legitimar suas falcatruas político-partidárias.

2ª) LULA NÃO SABE NADA SOBRE JUDAS.

Se soubesse, não agiria como tem agido, mancomunando com quem ele tem se mancomunado, achando que poderá sair ileso disso.
Se soubesse não continuaria traindo as pessoas que confiaram nele como homem e como político pelas “moedas de prata”, caracterizadas hoje por essa sua insaciável sede pelo poder.

3ª) A IGREJA EVANGÉLICA NÃO SABE NADA SOBRE LULA – NEM QUER SABER.

Sim a Bíblia manda-nos respeitar as autoridades e orar por elas. Mas a condição do Presidente Lula perante a Igreja Evangélica Brasileira é quase de um “ungido de Deus”.
Recentemente, no aniversário do presidente da maior igreja evangélica brasileira, Lula e Dilma tiveram amplo espaço para fazer campanha política, sob os gritos de glória a Deus e aleluia.
Meses antes, o presidente estava cercado de “pastores” dentre eles o “apóstolo” Estavam Hernandes, recém saído da prisão americana, enquanto instituía oficialmente a Marcha para Jesus.
A igreja evangélica não quer saber, porque saber imporia um mudança de postura, a retomada da voz profética, o abandono da bajulação e o arrependimento do pecado de transformar, em todo o ano de eleição, a Casa de Deus em covil de ladrões.
Minha oração é para que Deus levante nesta Nação uma igreja evangélica capaz de discernir os propósitos de Deus bem como as ciladas do Diabo. Uma igreja que clame e busque a Deus em prol de uma Nação livre de maus políticos, maus empresários, maus cidadãos e maus pastores. Porque se nada acontecer nesse sentido, a profecia que alguém fez há mais de 15 anos não tardará em se cumprir: Poderemos ser mais prejudiciais ao Brasil do que o próprio diabo.
Que a compaixão de Deus nos guarde e que suas misericórdia continuem se renovando sobre as nossas vidas

Pr. Irailton Melo de Souza

Jornal Pequeno / Padom

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