Israel viveu nesta terça-feira a Tisha B’Av, que é, literalmente, o nono dia do mês de Av no calendário hebreu, que marca o fim de um período de três semanas de luto para o desastre sofrido pelo povo judeu.
Os cidadãos marcam este dia com jejuns, orações e leituras do livro de Lamentações, enquanto se mostram de luto pela destruição do Primeiro e do Segundo Templo judaico em 585 aC e 70 D.C. respectivamente.
Neste dia de dor na história judaica, outras tragédias atingiram a sua população, como a expulsão dos judeus espanhóis que não se converteram ao catolicismo. Também marca o início do fim do Gueto de Varsóvia, a maior da Europa estabelecido pela Alemanha nazista na Polônia durante o Holocausto na Segunda Guerra Mundial.
Durante três anos, os judeus lutaram para sobreviver à fome, doenças e as deportações para campos de concentração. A população judaica diminuiu de 400.000 para 50.000 habitantes.
Na segunda-feira à noite, centenas de pessoas juntaram-se a tradicional caminhada ao redor das muralhas da cidade, para comemorar a destruição dos templos. A polícia israelense protegeu os manifestantes.
Enquanto os israelitas levaram a procissão alguns muçulmanos gritavam Allahu Akbar (Alá é grande).
Milhares passaram a noite na Praça do Muro Ocidental orando e clamando a Deus para que reconstrua a estrutura que desempenhou um papel central no antigo Israel.
Deixe sua opinião